Sindicato dos motoristas deve mais de R$ 770 mil por greve de 23 anos atrás
Determinação judicial que obriga o STTCU (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano) a pagar mais de R$ 770 mil por uma paralisação ocorrida em 1994, mas considerada indevida pela Justiça, pode impedir a categoria de aderir a greve geral programada para esta sexta-feira (30).
Conforme o presidente do STTCU, Demétrio Ferreira de Freitas, na época, empresas do transporte coletivo solicitaram indenização por danos morais. “Essa ação é antiga, de 1994 e estourou nas nossas mãos. As empresas alegaram que deixaram de ganhar por conta da paralisação. Temos de pagar mais de R$ 770 mil”, explica.
Freitas diz que nesta quinta-feira (29), a direção do Sindicato irá discutir o assunto. “Estamos avaliando e vamos fazer uma reunião com a direção para decidir se vamos ou não aderir à greve geral. Temos muitos problemas por conta de antigas paralisações”, justifica.
Além da indenização por danos morais, o presidente do STTCU diz que o sindicato foi notificado por paralisar as atividades.
“O transporte coletivo é diferente das demais categorias. Fomos notificados na última paralisação porque é um serviço essencial. Sabemos da importância, mas vamos avaliar com muito cuidado”, afirma.
Greve geral –
A paralisação é organizada por centrais sindicais de todo o país e é uma reação dos trabalhadores às reformas econômicas do governo de Michel Temer (PMDB).