Problema já deixou alunos quatro dias sem aula

Estradas ruins e chuva, essa combinação fez com que um ônibus escolar atolasse na manhã desta terça-feira (16) em uma via vicinal na região do Rincão, próximo da MS-010 em Campo Grande. Conforme relatos, a situação ocorre com frequência e hoje as crianças tiveram de voltar para casa a pé, debaixo de chuva.

A estrada liga a rodovia aos assentamentos Só Alegria, Beleza Pura e Vale do Sol e além do transporte escolar, o problema afeta o escoamento da produção local. De acordo com as informações, esta não é a primeira vez que o ônibus escolar atola durante o transporte dos alunos. 

“Estão trabalhando em estradas na região, mas ali onde a situação é mais crítica, não mexeram ainda. As estradas estão muito ruins. O ônibus sempre atola no mesmo lugar e fica lá parado por dois dias”, afirma Maria Cristina dos Santos Borges, de 52 anos, dona de uma chácara na região.

O comerciante Ari Ferreira, de 49 anos, destaca a situação dos alunos. “Hoje eles tiveram de voltar para casa debaixo de chuva porque não tinha o que fazer. Esse problema é antigo e já deveria ser resolvido. Toda vez que chove, o ônibus não passa”, relata.Ônibus atola sempre no mesmo lugar

Érica de Oliveira, de 31 anos, é mãe de um dos alunos que estavam no ônibus nesta manhã. Ela diz que a situação é preocupante. “Fico muito preocupada porque é muito perigoso”, observa.

Transporte escolar –

O transporte dos alunos é realizado pela empresa Transpiccoli, que presta serviços ao Estado e à Prefeitura de Campo Grande. 

De acordo com as informações, pela manhã são transportados 19 alunos que estudam na Escola Barão do Rio Branco, localizada em Rochedinho, município mais próximo da região do Rincão. Esse transporte é contratado pela Prefeitura da Capital e é feito com o mesmo ônibus que atolou nesta manhã.

À tarde, a empresa realiza o serviço contratado pelo Estado. Atualmente são transportados 10 estudantes que saem da região e seguem para a Escola Estadual Maria Constança Barros Machado, situada em Campo Grande. 

O motorista,  Willian José Sá da Silva – que trabalha na empresa há sete anos – diz que na semana passada o ônibus atolou e ficou quatro dias parados. Situação semelhante aconteceu com a kombi. Segundo ele, foram outros dois dias sem serviço.

Problema é antigo e ainda não tem previsão para que seja solucionado

“Na semana passada os alunos do período matutino ficaram quatro dias sem condições de irem para aula porque o ônibus estava atolado. A Kombi também atolou e os alunos da tarde deixaram de ir à escola por dois dias. Geralmente são os pais que nos ajudam quando isso acontece. É complicado, mas não é nossa culpa. Somos responsáveis pelo transporte, mas é a Prefeitura quem tem de cuidar dessa estrada”, defende.

Willian afirma que sempre que os veículos atolam um ofício é encaminhado à Semed (Secretaria Municipal de Educação). Ele também frisa que já entrou em contato com a Sisep (Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos), mas que nenhuma medida foi adotada.

Questionada a respeito da situação e sobre quais providências serão aplicadas em relação às estradas, a assessoria de comunicação da Prefeitura diz que a Semed comunicou o problema à Sisep, mas que devido às chuvas os serviços foram suspensos e serão retomados pela após três dias de estiagem. 

Matéria editada às 11h08 para acréscimo de informações.

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