Grupo quer ações para os próximos dias
Michel Temer foi gravado por Joesley Batista, um dos sócios do frigorífico JBS, em ação conjunta da PF com a Procuradoria. As conversas sugerem seu aval a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) e a revelação do diálogo motivou a ida de diversas pessoas pelas ruas pedindo a renúncia do presidente. Na Capital, uma manifestação que estava marcada para as 17h30 desta quinta-feira (18) reuniu cerca de 30 pessoas na Praça Ary Coelho.
Alguns carregavam uma faixa e um outro protestante, uma placa pedindo “Fora Temer”. Segundo Jenilson Duarte, presidente da CUT-MS (Central Única dos Trabalhadores), a ideia é reunir pessoas nesta quinta para organizar manifestações pelos próximos dias.
“Vamos definir estratégias para próximas manifestações em relação a tudo o que está acontecendo no cenário político desta semana e decidir o que fazer para pressionar a renúncia do Temer, ou impeachment. Também queremos as eleições diretas”, afirmou.
Comerciante, Wagner Rocamora, de 27 anos, fez uma placa para o encontro. “Queremos eleger o próximo presidente. Os que estão na linha sucessória estão implicados. A população precisa tomar as rédeas da situação, o Congresso é corrupto e vai colocar político do grupo deles lá? Queremos diretas já”.
O Planalto confirmou encontro com Joesley, mas Temer diz que “jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio” de Cunha e que não participou nem autorizou qualquer movimento com objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça.
Após pronunciamento de Temer, o STF (Supremo Tribunal Federal) quebrou o sigilo das investigações, que revelou o áudio na íntegra do presidente negociando com o dono da JBS.
