Mudança excessiva na escala de aulas sem aviso prévio preocupa alunos na Capital

Escola alega adequação no quadro de professores

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Escola alega adequação no quadro de professores

As mudanças excessivas na escala das aulas do EJA (Educação de Jovens e Adultos) da Escola Estadual José Mamede de Aquino, em Campo Grande, têm prejudicado a rotina dos cerca de 100 alunos contemplados por essa modalidade. Conforme explicou um deles, desde o início do ano letivo as aulas mudam de horário e dia, sem que os alunos sejam avisados.

“Na verdade, constantemente a classe sempre é mudada, você fala com a coordenação e eles falam que é culpa da secretaria, só que aí fica essa transferência de responsabilidade”, criticou o projetista de 53 anos, Marcio Antonio Bogado. Marcio cursa duas disciplinas na escola, três vezes por semana. As mudanças têm atrapalhado Marcio, que faz outro curso noturno, de técnico em agronegócio.

“Às vezes a gente se programa, eu pago química e física. Na segunda meu primeiro horário é física, aí chego, mudou, não é mais. Eu dependo dos horários aqui. Às vezes a aula do primeiro tempo já foi paro último. Muda sem aviso prévio”, comentou.

O que diz a escola

Mudança excessiva na escala de aulas sem aviso prévio preocupa alunos na Capital

“O que acontece, nós temos vários professores efetivos, que devido a fechamento de escola, de sala, estavam com problema de lotação. Eles vão na SED [Secretaria Estadual de Educação], a SED ve onde tem vaga. Esse ano nós recebemos muitos de outras escolas. Ele não trabalha só em uma escola, trabalha em duas, três. Quando eu recebo esse professor, eu vejo o horário dele, tento ajudá-lo. Como eu tenho 10 salas de aula somente, varios professore que dão aula na EJA dão aula em outras modalidades também”, explicou.

Diana esclareceu que conversou com os professores e sabe que as mudanças têm prejudicado os alunos, mas admitiu que não há nada, no momento, que ela possa fazer. “Com alguns professores eu consigo negociar. Aí semana passada, recebo uma professora de educação física que dá aula em 4 escolas: ‘só posso vir na segunda e na sexta, nos outros eu trabalho’. Às vezes eu consigo atender o mesmo horário, e às vezes não. Quando a SED alocar todos os professores, aí vai cessar a demanda”, complementou.

A questão, no entanto, é questionada por Marcio. Falam que chegou professor novo. Todo dia chega professor novo? É o primeiro ano que estou fazendo. Em função desse horário, teve desistência de alunos. Tem uma menina que tem que deixar o filho com alguém e é ainda mais prejudicada”.

O Jornal Midiamax questionou a SED, por meio da assessoria de imprensa, mas ainda não obteve um posicionamento.

 

Conteúdos relacionados

Jogo do 'tigrinho'