Estado tem apenas 7 mil dos 63 mil km² originais
Entre 1985 e 2015 apenas 191,17 km² da porção original dos 63 mil km² de Mata Atlântica de Mato Grosso do Sul foram regenerados. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (6) pela Fundação SOS Mata Atlântica e o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). A constatação foi feita pelo Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, que monitora a distribuição espacial do bioma. A área corresponde a cerca de 200 campos de futebol.
Cerca de 18% do território de Mato Grosso do Sul era composto originalmente pela Mata Atlântica. Hoje restam apenas 11,1% da área, pouco mais de 7 mil km². O Atlas apurou que nos últimos 30 anos foram desmatados 428 km² do bioma no estado, que está presente em 52 dos 79 municípios sul-mato-grossenses. Entre as 100 cidades que mais desmataram no período estudado, 4 são de Mato Grosso do Sul, que foram responsáveis pelo desmate de 199 km².
Conforme divulgado, o estudo analisa principalmente “a regeneração sobre formações florestais que se apresentam em estágio inicial de vegetação nativa, ou áreas utilizadas anteriormente para pastagens e que estão em estágio avançado de regeneração”, que acontece tanto por causas naturais, quanto induzidas através do plantio de mudas de árvores nativas.
Quanto à regeneração, as cidades que mais contribuiram para o processo foram Amambai (1.947 ha), Corumbá (1.674 ha), Ponta Porã (1.090 ha), Juti (1.060 ha) e Tacuru (1.053 ha). Confira a lista completa de regeneração nos municípios na tabela. Segundo o Atlas, houve uma redução de 83% no desmatamento da Mata Atlântica nos últimos 30 anos.