No total nove estados apresentaram áreas significativas de restauração

Mato Grosso do Sul está entre os estados que tiveram maiores áreas de regeneração da . No total foram nove e MS ficou em quinto no ranking das maiores áreas regeneradas, com um total de 19.117 ha.

São 17 estados que possuem o bioma, e entre 1985 e 2015 foram 219.735 hectares, regenerados  em nove estados, o equivalente a 2.197 quilômetros quadrados de remanescentes florestais da Mata Atlântica, segundo dados divulgados pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

O Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica monitora a distribuição espacial do bioma informou que o Paraná foi o estado de maior proporção de áreas regeneradas no período, com um total de 75.612 ha, em seguida vem Minas Gerais com 59.850 ha, depois Santa Catarina com 24.964 ha, São Paulo com 23.021 ha e Mato Grosso do Sul em quinto com 19.117 ha.

“O estudo analisa principalmente a regeneração sobre formações florestais que se apresentam em estágio inicial de vegetação nativa, ou áreas utilizadas anteriormente para pastagem e que hoje estão em estágio avançado de regeneração. Tal processo se deve tanto a causas naturais quanto induzidas, por meio do plantio de mudas de árvores nativas”, diz a SOS Mata Atlântica.

Nos últimos 30 anos, houve uma redução de 83% do desmatamento do bioma, com sete dos 17 estados onde há Mata Atlântica já apresentando nível de desmatamento zero, de acordo com a SOS Mata Atlântica. “Agora, o desafio é recuperar e restaurar as florestas nativas que perdemos. Embora o levantamento atual não assinale as causas da regeneração, ou seja, se ocorreu de forma natural ou através de iniciativas de restauração florestal, [o resultado] é um bom indicativo de que estamos no caminho certo”, disse a diretora-executiva, Marcia Hirota.

O pesquisador e coordenador técnico do estudo pelo INPE, Flávio Jorge Ponzoni, destacou que durante a avaliação de áreas replantadas pela Fundação SOS Mata Atlântica ao longo de anos, foram constatados outros locais onde está ocorrendo a regeneração. “Durante o monitoramento, constatou-se a existência de outras áreas ocupadas por comunidades de porte florestal em diversos estágios de regeneração, áreas essas que devem ser mapeadas e divulgadas em futuros estudos”.