MPT e auditores fiscais fazem nova inspeção

Procuradoria do Trabalho irá abrir inquérito civil

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Procuradoria do Trabalho irá abrir inquérito civil

A procuradora do trabalho em Três Lagoas, Claudia Fernanda Noriler Silva, realiza nova inspeção no frigorífico da Marfrig em Bataguassu, 335 km de Campo Grande, após o vazamento de amônia na última quarta-feira (8) – 21 funcionários precisaram ser encaminhados para o Pronto Socorro Municipal -. A inspeção é realizada, de acordo com a assessoria do MPT-MS (Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul) junto a auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), ligado a União.

A procuradora já pediu a abertura de inquérito civil, que irá apurar a situação da unidade. Um relatório será elaborado pelos peritos do MPT – e que também terá como base informações concedidas pelo Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental e Santa Casa -. O documento deve ficar pronto em 30 dias, e irá embasar a investigação. Conforme a assessoria, o a investigação do inquérito estabelece diversas medidas, e em último caso, se comprovada necessidade, a interdição da unidade.

Em 2012, 4 pessoas morreram depois de um acidente semelhante no local, que foi interditado apenas parcialmente – no setor de curtume – após inquérito do MPT.

Entenda

O vazamento começou em razão ao rompimento de um dos canos de gás, localizado na desossa da unidade do Marfrig no município,  e 21 funcionários precisaram ser encaminhados para o Pronto Socorro Municipal. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas os trabalhadores foram socorridos pelas ambulâncias da própria empresa. Após serem atendidas, as pessoas foram liberadas, de acordo com informações do hospital, nenhuma estava em estado grave.

Em 2012 o frigorífico foi multado em R$ 5 milhões pelo MPT, por dano moral e coletivo, após um vazamento de gás sulfídrico no curtume da unidade, que ocasionou a morte de 4 funcionários. E recebeu mais R$ 1 milhão de multa da PMA (Polícia Militar Ambiental), por danos ambientais, ocasionados pelo incidente. No ano de 2016, um vazamento de amônia também aconteceu em uma das salas de resfriamento do local. Apenas uma funcionária precisou de atendimento, após passar mal.

A empresa informou por meio de nota, que todas as medidas de segurança foram tomadas no momento do incidente e que no final da tarde o vazamento já tinha sido sanado.

 

*texto alterado às 17h39

 

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