Dois pontos de bloqueio foram montados

A manhã desta segunda-feira (13) foi de protestos na região do aterro sanitário em . Foram montados dois pontos de bloqueio, um na Avenida Evelina Selingardi, no Bairro Dom Antônio Barbosa e outro, na BR-262, no KM 350. 

No primeiro protesto, na BR-262, os manifestantes bloquearam a rodovia por aproximadamente 4 horas, causando congestionamento nos dois sentidos. Eles reclamam dos problemas no residencial José Teruel – um quatro locais onde as famílias que moravam na Favela Cidade de Deus foram realocadas.

No local, a maior parte dos moradores vivem em barracos enquanto as casas populares não são construídas. As obras eram de responsabilidade da – organização social, responsável pelo projeto de mutirão que construiu parte das residências que já apresentaram problemas estruturais. 

O presidente da Emha (Agência Municipal de Habitação), Enéas Neto, esteve no local e negociou a liberação da pista com os moradores. Segundo ele, a Emha está em conversa com o governo do Estado para buscar ajuda para solucionar o problema dos moradores.

As casas com o projeto da ONG eram construídas em forma de mutirão pelos moradores. Enéas disse não saber se só a entrega dos materiais aos moradores resolveria. Ele disse ainda que tem que estudar como serão feitas as obras e que a Emha não era a favor do projeto, pois “quer construir as casas de maneira segura”. O secretário disse ainda que de forma paliativa, devem ser construídos canais de escoamento no local para evitar transtornos da chuva.

Moradora do residencial, Lucineide da Costa, de 46 anos, disse que com a chuva de ontem, a água chegou a 40 centímetros no barraco dela.

Problema com ‘caçambeiros'

No segundo ponto de bloqueio, na Avenida Evelina Selingardi, que dá acesso à BR-262, os moradores reclamam dos caminhões caçamba que passam no local para fazer o descarte na Solurb.  

De acordo com Jeferson Benites, representante dos moradores do residencial José Teruel Filho, pela rua podem passar apenas caminhões com até seis toneladas e os veículos que transitam para o descarte tem em torno de oito toneladas. Outro problema apontado por Benites e a velocidade dos veículos. Segundo ele, o máxima permitido seria 30km/h e os caçambeiros chegam aos 60 km/h. 

Conforme o representante dos moradores, na semana passada, a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) foi acionada, mas, até o momento, não houve resposta. o protesto terminou com os caçambeiros se comprometendo a não passar pela rua para chegar até o aterro. 

Para Bruno de Brito Curto, que é caçambeiro, a manifestação é valida, já que a lei diz que só pode passar veículo com até seis toneladas, “mas, por outro lado, não temos alternativas quando estamos no bairro. Também é temporário. Só tem até o dia 28, para a Solurb receber este tipo de descarte”.