Maioria das trechos regulares e ruins estão no interior do Estado

A pesquisa divulgada nesta quarta-feira (7) pela CNT (Confederação Nacional de Transporte), mostrou que a maioria das estradas federais e as principais estaduais em Mato Grosso do Sul são consideradas de qualidade regular. Segundo o levantamento, 39,4% das estradas pesquisadas está no nível intermediário de qualidade enquanto 34,2% foi considerada bom, 3,7% ótimo, 19,5% ruim e 3,2% péssimo. A pesquisa apontou que houve uma queda na qualidade das rodovias do país, que atingiu a classificação de regular, ruim ou péssima de 61,8%.

Os itens pesquisados pela CNT foram a sinalização, a qualidade do pavimento e a geometria da via. O trecho da BR-262 que vai até Três Lagoas e da BR-040 que liga Capital até Nioaque estão entre as estradas com classificação regular.

As demais estão localizadas no interior do Estado como a parte da BR-060 (de Jardim até Bela Vista), a da BR-267 (Jardim até Porto Murtinho), BR-463 (de Dourados até Ponta Porã), BR-163 (de Dourados até Mundo Novo), parte da BR-376 (passa por Deodápolis e Nova Andradina), da MS-240 (de Inocência até Paranaíba) e da BR-158 (de Paranaíba até Selvíria).

O trecho da BR-163 que vai do extremo norte até Dourados, no sul do Estado, foi considerado bom nos quesitos avaliados. Além da 163, a BR-262 que vai da Capital até Corumbá também chegou na mesma classificação.

Entre as consideradas como ruim na pesquisa, foram os trechos da BR-060 de Nioaque até Jardim e Camapuã até Chapadão do Sul. A MS-306 que sai do Chapadão do Sul e vai até Cassilândia também está como ruim. Outro ponto com a crítico é do trecho da BR-267, que liga o Jardim até Rio Brilhante. A mesma situação foi constatada na BR-262 que liga Água Clara até Inocência.

O único ponto considerado péssimo na pesquisa foi o trecho da MS-395, entre Bataguassu e Brasilândia.

No Brasil

A pesquisa da CNT revelou uma queda na qualidade das rodovias pelo país. A classificação regular, ruim ou péssima chegou a 61,8%, número que era de 58,2% em 2016. Somente 38,2% das estradas foram consideradas em ótimo ou bom estado, enquanto em 2016, o índice era de 41,8%. Foram avaliados 105.841 km de estradas em todo país, incluindo o acréscimo de trechos de 2.555 km deste ano.

Em todo o país, o fator sinalização foi considerado o aspecto que mais se perdeu. Neste ano, 59,2% das estradas avaliadas foram consideradas como regular, ruim ou péssima.Maioria das rodovias federais são consideradas regulares em MS, aponta CNT

Sobre a qualidade do pavimento, a pesquisa indicou que 50% apresenta qualidade regular, ruim ou péssima, enquanto o percentual era de 48,3%, em 2016.

No quesito geometria da via, o resultado se manteve o mesmo do ano anterior, com um número de 77,9% avaliadas como regular, ruim ou péssima.

Na avaliação da CNT, a falta de investimentos comprometeu diretamente a qualidade das estradas brasileiras. Um investimento de R$ 293,8 bilhões seria necessário para manter a infraestrutura das rodovias. Somente para manutenção, restauração e reconstrução dos 82.959 km com trechos com problemas identificados pelo levantamento, o montante necessário é de R$ 51,5 bilhões.