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Cotidiano

Idoso morreu esperando e famílias aguardam a casa própria há 4 anos

Eles reivindicam a entrega dos Residenciais Rui Pimentel I e II
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Eles reivindicam a entrega dos Residenciais Rui Pimentel I e II

As 260 casas começaram a ser construídas em 2012, um alento para as famílias do bairro Centro-oeste, que finalmente teriam a casa própria. Desde então, matagal, materiais roubados e pessoas vivendo em barracos ilustram a espera de 4 anos para a entrega do Residenciais Rui Pimentel I e II. Apenas 6% da obra, conforme a Prefeitura, espera para ser finalizada.

Duas pessoas já morreram e não viram o sonho da casa própria ser realizado. Um deles, um idoso de cerca de 60 anos. Cansados, cerca de 30 pessoas reuniram-se, munidas de cartazes, em frente ao Residencial na tarde desta segunda-feira (24), para ‘mandar um recado’ ao poder público.

“Na verdade era pra ser entregue no ano de 2013, né, nós estamos aguardando desde essa data. Nós queremos respostas, olha a situação aqui, do jeito que está, o mato está cobrindo as casas”, contou o técnico Anderson Figueiredo, 32.

“Eu moro em um lugar cedido né, até eu pegar a minha casa né, mas a qualquer momento, a hora que a pessoa pedir vou ter que recorrer ao aluguel”, relatou a recreadora Diane Caroline Longo, 28.

Apenas 1 mil metros separam o residencial de uma das favelas de , a ocupação do residencial abandonado no bairro Paulo Coelho Machado. No Rui Pimentel, além do matagal, fiação e materiais das casas são levados. A insegurança do ‘vazio’ deixado ali também preocupa os moradores da região.

Quadras de esporte, finalização de encanamento e algumas portas ainda faltam para entregar o Residencial, que foi construído com recursos obtidos pelo programa ‘Minha Casa. Minha Vida’ e custou R$ 13,8 milhões. As crescentes ocupações – barracos espalhados em vazios urbanos na Capital -, são um dos temores das famílias.

O idoso Israel Mamédio, 73, é uma das pessoas que temem não viver para poder usufruir da casa.  “Temer a gente teme, mas não pode fazer nada. Essas casas estão sendo todas roubadas aí. Tenho medo de nem poder usufruir da casa, porque eles falam que vão entregar um mês e aí não entregam”.

Enquanto isso, vivem em barracos

Próximo ao Residencial, na Rua Jardim Bonito, 9 famílias que esperam as casas vivem em barracos construídos onde antes era a Travessa Pioneira. O local oferece riscos e alaga toda vez que chove, formando um grande lago.

Confira o vídeo do local em meio à chuva:

 

 

 

 

 

Glória Aide Riveira, 39, é dona de casa e uma das pessoas que moram ali. Ela afirma que além da demora, responsáveis da (Agência municipal de habitação) vão ao local cobrar que eles deixem os barracos, irregulares. Enquanto esperam a casa própria, são alvos de ação de despejo.

“Uma mulher da Emha esteve aqui esses dias. Até chegou a fala pra ela aqui que o neném – que já nasceu – ia nasceu na casa própria. Falou que iríamos conseguir entrar em abril”, contou ela.

O jornal Midiamax questionou a administração municipal, que afirmou que a obra está paralisada na Caixa Econômica Federal em razão de problemas que a entidade financeira teria com a empreiteira responsável.

“A Agência Municipal de Habitação de Campo Grande (EMHA) informa que aguarda os trâmites de documentação entre construtora deste empreendimento e a Caixa Econômica Federal – agente financeiro e detentora dos residenciais Rui Pimentel I e II. Dessa maneira, não possui a prerrogativa para estipular um prazo de entrega”, declarou.

A Caixa foi questionada, mas ainda não respondeu.

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