O horário vai operar até 19 de fevereiro.  

Daqui a dois dias começa o horário de verão, quando os relógios deverão ser adiantados em uma hora em Mato Grosso do Sul e mais 9 estados.  A adoção da hora adiantada ainda divide opiniões nas ruas da Capital, e enquanto uns defendem que o dia fica maior, outra parcela reclama até das reações do organismo. 

A reclamação parte principalmente de quem costuma sentir os efeitos da mudança de horário no organismo, e acabam sofrendo mais para se adaptar. “São alguns dias chegando atrasada no trabalho”, confessa a assistente comercial Rebeca de Lima 22 anos, que diz acordar às 5h20min para chegar ao trabalho até às 7h. “Olha, não aguento mais essa muança, acho que só serve para deixar a gente mais cansado”, reclama. 

As consequências da mudança de horário no organismo podem ir desde mal-estar, dificuldades para dormir, sonolência diurna e até alterações de apetite. Os idosos e as crianças, por terem uma necessidade maior de sono e de rotina, podem sentir mais os efeitos da mudança de horário. A dica é começar a se preparar desde já, adiantando gradualmente a hora de dormir. Segundo o médico Marcos Pontes, a adaptação pode ser feita em um período de sete dias.

Quase que exceção nas ruas da cidade, a panfletista Paula Aguiar, 23 anos, disse gostar do período porque o dia fica maior. “Eu saio do trabalho e ainda está sol, parece que estou saindo mais cedo, a sensação é de que meu dia rendeu mais”, explica. 

Para outros, a questão passou do sono ou do calor, tem a ver com a economia do país. “Esse horário foi criado para trazer economia de energia, mas isso não acontece mais, então não tem sentido fazer a população acordar 1 hora mais cedo”, reflete.  

Como o calor é mais intenso no fim da manhã e início da tarde, os picos de consumo são registrados atualmente nesse período. Por causa disso, o governo federal fez um estudo para decidir se mantinha o período ou não.  

O final de horário de verão chegou a ser cogitado pelo governo, após estudos mostrarem perda na efetividade da medida, em razão das mudanças nos hábitos de consumo de energia. De acordo com o Operador Nacional do Sistema (ONS), a temperatura é quem determina o maior consumo de energia e não a incidência da luz durante o dia, fazendo com que, atualmente, os picos de consumo ocorram no horário entre 14h e 15h, e não mais entre 17h e 20h.

O ONS aponta que no horário de verão praticado em 2016/2017 a economia foi de R$ 159,5 milhões, valor abaixo período de 2015/2016, que foi de R$ 162 milhões. O governo informou que, para 2018, deve fazer uma pesquisa para decidir se mantém ou não o horário diferenciado nos próximos anos.

O horário vai operar até 19 de fevereiro.