Pular para o conteúdo
Cotidiano

Há 10 anos no papel, revitalização da Ernesto Geisel vai custar R$ 65 milhões

Justiça mandou Prefeitura fazer melhorias
Arquivo -

Justiça mandou Prefeitura fazer melhorias

Travado há quase dez anos, o projeto de revitalização da Avenida presidente Ernesto Geisel pode, finalmente, sair do papel. Lançado na gestão do ex-prefeito Nelson Trad Filho (PTB), em 2007, o projeto começou orçado em R$ 40 milhões e chegou a ter o valor previsto de R$ 68 milhões, na gestão do ex-prefeito Alcides Bernal (PP). Agora, depois de a Justiça mandar a Prefeitura fazer as melhorias, sob pena de multa diária, o valor previsto é de R$ 65,4 milhões para ‘salvar’ o Rio Anhanduí e por fim aos transtornos dos moradores e de quem passa pela região. 

A obra vai contemplar a região urbana do Anhanduizinho, a mais populosa da Capital com aproximadamente 150 mil habitantes. As péssimas condições da via levaram o MPE-MS (Ministério Público Estadual) a propor uma Ação Civil Pública pedindo urgência nas obras de contensão de erosão ao longo da via, nos trecho mais críticos. 

O pedido foi acatado pela Justiça e o juiz titular da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, juiz Marcelo Ivo de Oliveira, deferiu tutela provisória à Ação e determinou que Prefeitura de realize, em caráter emergencial, obras na Avenida Ernesto Geisel, sob pena de multa diária de R$ 2 mil em caso de descumprimento.

Na ação, a Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, ressaltou que ‘as erosões das margens ocasionam destruição da vegetação existente, causam assoreamento do Rio Anhanduí, potencializando a possibilidade de alagamentos e inundações em local de grande acesso de pessoas e veículos, uma vez que há nas imediações inúmeras residências, hipermercado, shopping center e outras lojas de grande porte’.

Entenda como serão as obras e o quanto vai custar

A Prefeitura planeja licitar, em no máximo em 90 dias, a primeira fase das obras de drenagem e controle de enchente. Todo o projeto, incluindo recapeamento das pistas marginais, até a Avenida Campestre, sairia por R$ 65,4 milhões.

O serviço será executado na área mais crítica, entre a Rua Santa Adélia e a Avenida Manoel da Costa Lima, onde as margens desbarrancaram e colocam em risco as pistas laterais.

Conforme o executivo, os técnicos da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos trabalham na revisão do projeto, para eventuais ajustes, muito embora a concepção seja a mesma do original, apresentado ao Ministério das Cidades.

1ª etapa – No primeiro semestre deste ano, está prevista a recomposição das margens do rio, com uso do sistema gabião de canalização e aproximadamente sete quilômetros de drenagem.

2ª etapa – Para recapear os 9,73 quilômetros da avenida que margeia o rio (conhecida como Norte Sul), até a Avenida Campestre, no Aero Rancho, são necessários R$ 7,7 milhões. Já os três quilômetros de drenagem e controle de enchentes entre as avenidas Manoel da Costa Lima e Campestre, custa R$ 5 milhões.

Meio Ambiente

O projeto prevê construção de muros laterais com placas de concreto e sistema gabião que permitirá a drenagem e a urbanização com grama, no trecho entre a rua Santa Adélia e a avenida Manoel da Costa Lima.

Todo o sistema de drenagem ao longo do rio será corrigido para pôr fim às enchentes. O fundo do rio não será concretado para garantir sua biodiversidade. Também serão instalados travessões a cada 20 metros para evitar erosão e manter o leito estabilizado.

Valores e licitações perdidas

Segundo a Prefeitura, a primeira licitação que chegou  a ser concluída e teve ordem de serviço assinada, abrangia apenas a parte de drenagem, orçada em R$ 42 milhões, sendo R$ 38 milhões do Governo Federal e mais R$ 4 milhões de contrapartida. 

Em 2014 a licitação foi cancelada e o projeto redimensionado passou  a prever o recapeamento das pistas marginais, elevando seu custo total para R$ 68 milhões, com contrapartida de mais de R$ 28 milhões. No ano seguinte, em 2015, uma nova licitação foi lançada, mas acabou invalidade por questões técnicas.

Ao assumir, o prefeito Marquinhos Trad, antes mesmo de tomar posse, fez gestões junto ao Ministério das Cidades e Caixa Econômica Federal para ampliar de R$ 38 para R$ 50 milhões o valor do  convênio assinado em 2011. Com isto, a contrapartida da Prefeitura cairia para R$ 5,4 milhões ao longo do período de execução da obra. Mantido o valor original, a contrapartida passaria de R$ 17,4 milhões.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Motociclista é levado em estado grave para a Santa Casa após acidente na Avenida Tamandaré

Retirada de fórmulas infantis mudará de local em Três Lagoas na próxima semana

De faturista a mecânico, Funsat oferta 1,7 mil vagas de emprego na próxima semana

Incêndio assusta segurança de empresa no Indubrasil

Notícias mais lidas agora

No pantanal das onças grito de socorro

No Pantanal das onças, de quem é o grito de socorro que ninguém está ouvindo?

procurador-geral supremo stf

STF diz que é ilegal, mas Papy mantém em procurador-geral comissionado na Câmara

feminicídio corumbá

Mulher morre após ser incendiada em Corumbá e MS soma 15 vítimas de feminicídio em 2025

funtrab

Empresas iniciam semana com oferta de 668 vagas de emprego em Campo Grande

Últimas Notícias

Esportes

Neymar testa positivo para covid-19 e é afastado pelo Santos

Jogador já não entraria em campo contra o Fortaleza porque está suspenso

Trânsito

VÍDEO: Militar do Exército morto em acidente é sepultado com homenagens em Campo Grande

Jovem de 21 anos morreu em colisão no bairro Nova Campo Grande

Mundo

Hamas ameaça segurança de refém após cerco de Israel na área onde ele está aprisionado

Segundo o Ministério da Saúde palestino, pelo menos 95 pessoas foram mortas nas últimas 24 horas

Trânsito

Conversão proibida termina em acidente entre carro e moto na Avenida Ceará

Há três meses está proibido fazer a conversão à esquerda no cruzamento com a Rua Caconde; ninguém ficou ferido