Grito dos Excluídos tem demitidos do PT e pedido de intervenção militar

Mais de 100 pessoas pedem intervenção militar

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Mais de 100 pessoas pedem intervenção militar

O desfile da Independência do Brasil mal começou, nesta quinta-feira (7), na rua 14 de Julho, no centro de Campo Grande, e dezenas de pessoas já se preparam para o tradicional Grito dos Excluídos – manifestação popular que encerra a cerimônia.

Mais de 100 pessoas com faixas e cartazes pedem “os militares no comando do Brasil”. E alguns manifestantes também carregam uma faixa contra a direção do Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso do Sul, alegando calote dos direitos trabalhistas.

A manifestação pela intervenção militar tem faixas como “salvem a cultura dos nossos filhos”, “pátria livre” e gritos de “queremos os militares no comando do Brasil”.

A secretária Vanessa Ribeiro Bezerra, 45, afirmou que o objetivo da manifestação não é a volta da ditadura, mas uma intervenção para “quebrar a hegemonia esquerdista”. “Também queremos auditoria nas contas públicas e punição aos traidores e corruptos”, disse.

Direitos trabalhistas

Alguns manifestantes estão com faixas acusando o presidente estadual do partido, deputado Zeca do PT, de “dar calote na CLT [Consolidação das Leis Trabalhistas]”. O maior partido de oposição no estado acumula dívidas com encargos trabalhistas.

“Estamos reivindicando nossos direitos. Vamos fazer ele [Zeca do PT] passar vergonha, para ver se ele paga”, disse Lucas Heliot. “Ele não depositou nem o FGTS. Um partido que defende tanto os trabalhadores contra as reformas, ficamos sem entender”.

Funcionária do Partido dos Trabalhadores desde 1999, Carla Lopes não se conforma de ter sido demitida neste ano sem receber o que tinha de direito. “É decepcionante. Participamos de vários movimentos contra as reformas do Temer. Sempre estamos na luta. E agora o partido não está sendo diferente do PMDB e do PSDB”, afirmou.

O Midiamax tentou falar com Zeca do PT nesta quinta-feira (7), mas o telefone dele estava desligado. Em julho, o presidente estadual do partido declarou que os ex-funcionários estavam exercendo um direito legítimo de reivindicar o pagamento, mas que a legenda passa por um momento de dificuldade financeira e que eles estavam transformando o caso “em uma questão política”.

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