Greve: com dor e inflamação, criança pode esperar 6hs por médico em UPA
Apenas casos de emergência são atendidos na hora
Arquivo –
Apenas casos de emergência são atendidos na hora
Apesar da escala de médicos na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino estar com quatro clínicos gerais e cinco pediatras, o saguão da unidade está lotado de pacientes e a informação repassada pelos funcionários é de que é preciso paciência, porque a demora no atendimento pode chegar a 6 horas.
De acordo com funcionários da UPA, os médicos, que estão em greve até o próximo dia 5 de julho, mantém a chamada ‘Operação Tartaruga’. Apenas um dos quatro clínicos atende um paciente por vez. Quando este finaliza o atendimento, outro médico inicia uma outra consulta. Apenas casos de urgência e emergência são prontamente atendidos.
No caso dos pediatras, em maior número na unidade, no máximo dois profissionais atendem as crianças que aguardam atendimento médico.
“Essa situação é horrível. Eu nem sabia que estava em greve, fiquei sabendo quando cheguei aqui. O jeito é esperar”, desabafou a funcionária pública, Edinalva de Jesus, de 38 anos, levou a filha de cinco anos à UPA.
A criança, segundo a mãe, tem uma deficiência no sangue, o que potencializa possíveis infecções, que podem causar febre e dores no corpo, sintomas que a menina apresenta enquanto espera atendimento.
Edinalva, que mora na região Sul da Capital, na saída para São Paulo, contou que antes de sair de casa teria ligado para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), e foi informada que só havia pediatras atendendo na Coronel Antonino, motivo que a levou a praticamente atravessar a cidade em busca de médico para filha.
A triagem da menina de 5 anos que está com febre e dor de garganta só foi feita mais de duas horas após sua chegada à Unidade.
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