Reforma administrativa já foi encaminhada à AL
Foi realizado nesta quarta-feira (22), o primeiro encontro do Fórum Dialoga, entre o governo do Estado e dirigentes dos sindicatos e associações que representam os servidores estaduais. Na pauta, o detalhamento da reforma administrativa entregue para análise da Assembleia Legislativa e a reforma da previdência estadual. Durante o encontro, os servidores não pouparam críticas à falta de discussão dos temas e até ameaçaram embate duro com o governo se a alíquota de contribuição da previdência aumentar.
“Não vai ser feito de graça e vamos à Assembleia. Tem muita coisa para ser conversada. O debate vai ser duro como no Rio de Janeiro e Minas Gerais. Se precisar, vamos acampar na Assembleia”, afirmou o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação), Roberto Botareli. O sindicalista ainda questiona os números apresentados pelo governo que justificam a queda da receita estadual.
Pelo governo, estiveram presentes os secretários-adjunto de gestão estratégica, Jader Reiff e de Administração, Édio Viegas. A falta dos titulares das pastas também foi notada e criticada pelos servidores. Reiff apresentou os pontos do governo e deixou a reunião o que foi chamado de monólogo.
Os secretários tentaram convencer os servidores de que o projeto de reforma administrativa não passou por discussão com as categorias, pois não afeta diretamente aos servidores, e que precisava ser aprovado antes da LDO.
Sobre as críticas com relação aos dados apresentados pelo governo estadual, Reiff disse que “os números do governo estadual estão abertos e os servidores utilizam dados divulgados como por exemplo, o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Entre os números que demonstram a queda da receita, ele sinalizou o FPE (Fundo de Participação do Estado) e o ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
“O projeto de reforma administrativa racionaliza os gastos e não impacta na vida dos servidores”, disse Reiff. Já a da previdência, começou a ser construída agora e essa é a primeira discussão”, disse.
O secretário adjunto afirmou que a reforma segue o que for definido pelo Governo Federal, mas, que caso nacionalmente, o valor de reajuste da alíquota seja menor do que 14%, o estado pode até chegar os 14% em regime temporário. Esse é um dos principais pontos de reclamação dos servidores que, com isso, tem o salário impactado e não sabem nem ainda qual vai ser o percentual de reajuste.
A maior parte da reunião foi apresentada pelo o secretário-adjunto de administração que afirmou “a reforma administrativa não interfere na vida dos servidores. Não vamos fazer nada prejudique [os servidores]”, disse.
Foto: Cleber Gellio