Azambuja disse que é “quase impossível” dar o reajuste

Integrantes do Fórum dos Servidores Públicos de Mato Grosso do Sul não descartam uma uma greve unificada, caso o executivo estadual não reajuste o salário dos trabalhadores este ano.  No início do mês,o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) disse que é “quase impossível” dar o este ano.Fórum dos Servidores estaduais cogita greve geral por reajuste salarial

A reunião foi realizada na sede do Sindijus-MS (Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul) com entidades sindicais e representantes de classe que integram o Fórum.
Além do reajuste salarial, foi discutido as denúncias de suposto esquema de corrupção envolvendo o governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

Nesta quarta-feira (31) os dirigentes sindicais de áreas como saúde, educação, segurança pública e administração têm reuniões marcadas com o Governo do Estado para tratar sobre a negociação salarial deste ano, com data base no mês maio e ainda sem índice de reposição inflacionária.

Ainda segundo o Fórum, caso as tratativas não avancem, os representantes de classe já analisam possível paralisação unificada do servidor público estadual.

Na próxima quinta-feira (1º), às 9h, o Fórum tem outra reunião marcada na sede do Sidijus-MS para analisar conjuntamente a proposta do governo e deliberar as próximas mobilizações, incluindo um movimento único dos servidores em protesto pela falta de valorização do servidor público e contra a corrupção no Estado.

“Não podemos ficar calados vendo essas denúncias envolvendo o desvio do dinheiro público enquanto a população é a mais prejudicada e o servidor público, que mesmo sem investimentos, faz seu serviço da melhor forma possível, amargando três anos sem reposição inflacionária”, afirmou o coordenador-geral do Fórum, Fabiano Reis.
 

Posição do Governo do Estado

Em meio as justificativas para não conceder o aumento, Azambuja lembrou das “pegadinhas” supostamente deixadas para ele pelo seu antecessor, André Puccinelli (PMDB).

Segundo ele, o incremento salarial aumentou em 34% a folha salarial nos últimos dois anos depois de plano de Cargos e Carreiras, implantado pelo ex-governador André Puccinelli (PMDB). O chefe do Executivo também relembrou a crise financeira que o país atravessa e a prorrogação do abono salarial de até R$ 200, que acabaria neste mês, mas foi estendido até março do ano que vem.