Ocupação durou 3 dias

As cerca de 350 famílias sem-terra, ligadas ao MAF (Movimento de Agricultura Familiar), desocuparam a fazenda Colina, ocupada desde sábado (29). A propriedade fica no km 518, entre as cidades de 143 km de Campo Grande – e Anastácio – 134 km de Campo Grande. A reintegração de posse foi cumprida de forma pacífica, conforme relatou o Sargento Geosmar, da asssessoria de imprensa, do 7º BPM (Batalhão da Polícia Militar), e as famílias deixaram o local durante a noite de terça-feira (2).

A mediação também foi realizada com ajuda do Incra (Instituto nacional de colonização e ). O objetivo das famílias era chamar a atenção para a reforma agrária em Mato Grosso do Sul. Agora, o grupo deve se reunir com o superintendente do Incra na sexta-feira (30).

Um dos coordenadores do MAF afirma que a fazenda integra a lista de propriedades investigadas no âmbito da operação Lama Asfáltica, assim como “outras propriedades na região”.

Proprietária da fazenda, Gracita Santos Barbosa negou que a propriedade seja investigada. Ela explicou que a fazenda pertence à família há 30 anos. A terra, conforme esclareceu, era propriedade do sogro, Raul Barbosa, já falecido.

“Eles estavam reivindicando a atenção do Incra e das entidades responsáveis, para reivindicar outra fazenda que não é a minha. Essa propriedade tem 30 anos no nosso poder, na nossa família. Nego totalmente [investigação], até porque não era essa propriedade que eles queriam”, explicou.