Três envolvidos foram presos e um morreu em troca de tiros

Marcado por profunda tristeza e indignação de familiares e amigos, o velório do ex-vereador Cristovão Silveira de sua esposa Fátima Silveira, assassinados brutalmente na terça-feira (18), na chácara Bem Te Vi de propriedade do ex-vereador.

Muito abalados, os dois filhos do casal não quiseram falar com a imprensa. A namorada de um dos rapazes disse que estão todos abalados e indignados com o crime, “Se houver o que queremos é Justiça”, disse.

Ainda segundo a jovem, a versão dada pelo caseiro Rivelino Mangelo, de 45 anos, para o crime – ele disse que sofria maus tratos – foi desmentida pela família. “Isso nunca existiu. Ele era próximo da família e tratado como um membro dela”, explicou.

“Ele (Cristóvão) ajudava muito o caseiro financeiramente, assim, como o meu namorado o ajudava também com dinheiro, por causa, da situação de saúde da mulher dele (caseiro)”, fala. Ainda de acordo com ela, a família agradeceu a resposta rápida da polícia em prender os autores do crime. Muitos políticos, amigos e familiares estão no velório do casal.

A morte

O ex-vereador Cristóvão Silveira e a esposa Fátima Silveira foram mortos com golpes de facão. O rosto de Cristóvão ficou desfigurado, e a esposa teve parte do corpo queimado para cobrir possíveis rastros do crime de estupro. Laudos periciais devem apontar se houve ou não abuso sexual contra a vítima.

Eles foram assassinados na terça-feira (18) pelo caseiro Rivelino Mangela, com a participação de dois filhos dele e de um sobrinho identificado como Diogo André dos Santos Almeida, de 19 anos, que morreu em uma troca de tiros, nesta quarta-feira (19), na região de Corumbá.

O caseiro, que foi preso quando recebia alta do hospital Santa Casa, após ser atendido por causa de um corte profundo no pé assumiu a autoria do crime. Ele foi socorrido depois que a dona de um bar, que fica a 800 metros da chácara acionou o socorro depois que ele teria contado que sete homens invadiram o local para roubar. Mas, após ser levado para depoimento acabou confessando a autoria dos assassinatos.

Planejamento do crime

No celular do caseiro foram encontrados áudios em que era possível identificar o planejamento para o crime. A morte era planejada há uma semana por Rivelino, que entrou em contato com o filho Rogério Nunes Mangelo, 19 anos e com o sobrinho Diogo André dos Santos Almeida, 21 anos que teriam demonstrado resistência em participar do crime. Em conversas no aplicativo WhatsApp, o caseiro então teria dado o ultimato aos dois alegando que se não o ajudassem ele faria sozinho.

Maus-tratos

O caseiro alegou que planejou a morte por que era maltratado pelo patrão, e não foi embora da chácara mesmo com os maus-tratos por sofrer ameaças de morte do ex-vereador, já que o funcionário tinha conhecimento de uma suposta amante de Cristovão. “Ele tinha uma amante e além de me maltratar me xingar,não me deixava ir embora da chácara por medo de que eu revelasse o segredo à esposa dele. Ele disse que ia me matar. Era ele ou eu”, afirmou Rivelino.