Espera em UPA chega a 16 horas e pacientes relatam falta de médicos
Segundo informações, apenas um clínico estava atendendo
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Segundo informações, apenas um clínico estava atendendo
Pacientes que buscaram atendimento médico na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Leblon – localizada em Campo Grande – reclamam da demora e falta de médicos no local. Segundo relatos, alguns esperaram até 16 horas para que fossem atendidos.
Thiago Saab Ferreira de Almeida, de 23 anos, afirma que chegou à UPA por volta das 15h40 dessa quarta-feira (18). Ele diz que cerca de 10 minutos depois foi chamado para a triagem, no entanto, a unidade estava lotada e só foi atendido depois das 7h30 desta quinta-feira (19), quase 16 horas após dar entrada na unidade.
“Cheguei com muita dor de cabeça, tosse, dor no peito e nas costas. Passei pela triagem, que foi rápida, e fiquei aguardando, mas só fui atendido hoje, depois das 7h30. É um absurdo. Sou chapeiro, trabalho à noite e vou com falta no serviço porque o atestado é apenas de hoje porque só vale para o dia da consulta, mas eu estava esperando desde ontem”, lamenta.
Situação semelhante aconteceu com outro paciente – que prefere não se identificar -, porém a espera foi um pouco maior. Ele relata ter chegado à UPA por volta das 15 horas de ontem e foi atendido mais de 16 horas depois. “É complicado depender da saúde pública”, declara.
De acordo com os pacientes, apenas um médico estava atendendo, no entanto, a escala médica divulgada pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) mostra que ontem, seis clínicos atenderam pela manhã, seis à tarde, quatro à noite, além de cinco pediatras, também à noite.
Questionada a respeito da demora no atendimento, a assessoria de comunicação da Sesau observa que os casos graves são priorizados no momento do atendimento e que por este motivo, classificações verde e azul esperam por um tempo maior. Quanto à demora de ontem, o posicionamento é de que foram situações isoladas e que serão analisadas.
A assessoria da Sesau também destaca que um levantamento realizado pela Secretaria mostra que de janeiro a agosto de 2017 foram realizados 1,1 milhão de atendimentos nas UPAs e CRSs (Centros Regionais de Saúde) e que deste total 95% foram realizados dentro do tempo estimado pelo Ministério da Saúde.
Tempo de espera –
O tempo de espera preconizado pelo Qualisus Projeto de Formação e Melhoria da Qualidade de Rede de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde considera a classificação de risco indicada nas cores: vermelha, que determina atendimento imediato; amarela, que prevê até 30 minutos; verde, que especifica espera de até duas horas e por último, azul, quando o atendimento deve ser feito em até quatro horas.
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