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Cotidiano

Escândalo sobre ‘carne podre’ assusta e provoca debate sobre alimentação saudável

Consumidores pensam em alternativas
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Consumidores pensam em alternativas

Os campo-grandenses ainda não estão totalmente cientes da Operação Carne Fraca deflagrada pela PF (Polícia federal) que apontou a adição de produtos químicos, por frigoríficos como BRF e JBS, para disfarçar carnes vencidas e até podres para assim comercializá-las. Ao serem informados dos fatos, muitos se mostraram surpresos e indignados. Alguns acreditam que não há alternativas, outros dizem há meios de tentar uma alimentação saudável sem as carnes processadas.

“É nojento. dá arrepios”, indigna-se a costureira Lucinete Magalhães, de 37 anos. “Não dá pra confiar”, completa. Ela acredita que não há alternativas e diz ser difícil conseguir produtos naturais ou livre de conservantes. “Não tem jeito, tem que consumir”, finaliza. Já a geógrafa Vânia Souza, 33, diz que não compra embutidos e frios com tanta frequência, mas pretende diminuir o consumo mesmo assim.

A técnica de enfermagem compra, mas quem mais consome os produtos é o marido que está com problemas de saúde e nem os conselhos do médico o fizeram mudar os  hábitos alimentares. “Acho que com a informação de que pode ter carne podre talvez ele mude de ideia”, reflete. Segundo ela, o problema de optar por uma alimentação mais saudável é que os produtos são caros.

“É o Brasil! Pessoas só querendo ganhar. Por isso a saúde está precária e há tantas pessoas com câncer”, conclui a dona de casa Josefa Bertolin Macedo, de 55 anos. Ela conta que já havia reduzido o consumo de carnes processadas pois precisou melhorar a alimentação por conta de uma cirurgia e que agora pretende cortar. Ela e a sobrinha Kamila Ferreira Macedo, 16, sabiam da notícia por alto e ficaram aliviadas por terem já há algum tempo diminuído o consumo de tais produtos. “Embutido sempre foi embutido e nunca fez bem. Precisamos nos alimentar de mais verduras, legumes e carne fresca, sabendo da procedência”, sugere.

O comerciante Rogério Nascimento Marciano, 41, acredita que deva haver uma inspeção mais rigorosa por parte da fiscalização e que o consumidor deve sempre conhecer a procedência do que está comprando. “Mas em algumas situações, não temos acesso sobre o que acontece nestes frigoríficos”. A irmã de Rogério, a aposentada Arizete Nascimento Marciano, 69, diz que compra direto e ficou preocupada. “Tem que ficar sem comer”, diz ela.

Simplicidade

Para balancear a alimentação alguns campo-grandenses aproveitam-se de várias hortas espalhadas pela cidade. Um exemplo é a horta que fica no bairro Vilas Boas. Seu Masami Kudo, de 69 anos, planta alface, salsinha, cebolinha, couve, rúcula e chicória e tem ótima aceitação de clientes da região.

“Aqui é tudo simples, não tem nada de especial”, diz Masami com simplicidade e sem vaidade. E é na simplicidade que reside uma boa alimentação. Em alimentos naturais e não processados.

 

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