Enem 2017: professores de cursinhos em MS listam 9 temas para redação

Provas serão aplicadas em 5 e 12 de novembro

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Provas serão aplicadas em 5 e 12 de novembro

As datas das provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2017 se aproximam. Nos dias 5 e 12 de novembro, candidatos do Brasil todo que buscam ingressar em universidades serão testados. E como todo ano, a especulação é grande sobre o tema que será abordado na redação.

O Midiamax conversou com professores de cursinhos e ensino médio de escolas de Campo Grande, que fizeram suas apostas. Todos ressaltam que o Enem sempre traz temáticas que rendam reflexão na sociedade e que tratem de grupos minoritários. Confira a lista dos principais palpites:

1 – Acessibilidade e inclusão de deficientes:

“A sociedade caminha para a inclusão de pessoas com deficiência, mas ainda não é uma realidade plena”, pontua o professor de Gramática e Redação Sérgio Campos. “Estamos falando de qualidade de vida, de liberdade de ir e vir, é preciso adaptar a cidade a meios de transportes alternativos, como as ciclovias, dar possibilidades aos cidadãos”, destaca a professora Lohaine Felipe do Amaral.

2 – Discurso de ódio nas redes sociais:

“Hoje existe muita segregação, rotulação e muita bipolarização nas redes sociais, e isso tem dado vasão ao discurso de ódio e extremismos”, explica Sérgio.

3 – Aumento de contaminação de DST:

“Temos também a questão das doenças sexualmente transmissíveis, que por muitas décadas o número de portadores diminuiu, o que deixou a população menos alerta e consciente, o resultado é que há mais ou menos cinco anos este número voltou a crescer no Brasil”, justifica Sérgio.

4 – Fake News:

“Outro assunto é a viralização das notícias falsas na Internet, que se alastram com uma velocidade incrível e causa muitos danos”, coloca o professor.

5 – Alcoolismo na juventude:

“Um grande problema social que o brasileiro não consegue enxergar é o alcoolismo entre jovens e, principalmente, entre menores de idade, que muitas vezes começam o consume dentro de casa e sem limites”, pontua Sérgio.

6 – Bullying nas escolas:

“Coincidentemente, temos um caso polêmico que acabou de estourar, mas isso é um assunto do dia a dia, que está no cotidiano das escolas e gera problemas graves”, considera Lorahine.

7 – Homofobia:

Para a professora Lorhaine, o assunto gera discussão corriqueiramente, além de inúmeros casos que chegam  e o respeito pelo próximo 

8 – Segurança pública e sistema carcerário:

Outro tema que a professora considera relevante para ser abordado no Enem, considerando também a formação e atuação de facções criminosas no País.

9 – Lixo ambiental:

A quantidade de lixo produzido e acumulado pela população, bem como o destino correto e consciente dele também é um palpite da professora Lorhaine.

“Sempre passo aos meus alunos que a redação trará uma questão social, um olhar voltado para as minorias e que caiba intervenção do Estado ou de ONG’s. Pelo histórico das redações dos anos anteriores, já foram abordados temas como violência contra mulher, racismo, criança, idoso, então aposto em assuntos que ainda não foram tratados”, explica Sérgio.

Dicas para todos os temas

Para elaborar uma boa redação, os professores enfatizam aspectos fundamentais. “É preciso ter uma boa tese, mostrar ao corretor que entendeu a proposta, a problematização, e demonstrar isso em um posicionamento maduro, trabalhar causa e consequência, fazer resgates históricos, dados estatísticos, exemplos midiáticos, para enriquecer e justificar os apontamentos. Por fim, é importante o candidato se atentar em apresentar propostas de intervenção que não firam os direitos humanos, sempre usando agentes, que são Governos, famílias, escolas, ONG’s”, orienta Lorhaine.

Além dessas considerações, outro ponto que o professor Sérgio considera importante o candidato ter consciência é em relação à realidade do Brasil. “Tomar muito cuidado para não apresentar na redação soluções utópicas, é preciso considerar os aspectos gerais de onde estamos, como a diversidade cultural e religiosa do nosso País, por exemplo. E, claro, sempre com um discurso de respeito”, alerta o professor.

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