Professores entram em greve dia 15

O Prefeito Marquinhos Trad sugeriu na manhã desta sexta-feira, 10, em agenda pública, para que os professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) troquem a greve marcada para o dia 15 deste mês por um protesto ‘menos impactante’, como “ir de preto ou de branco”, como forma de manifestação.

O prefeito contou que esteve reunido com a ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), ontem, 9, e na ocasião fez a sugestão. “Ir de preto ou de branco, ficar duas horas parados ou ficar em silêncio, para não prejudicar Campo Grande”, propôs.  E continuou: “A ACP já deixou claro que não é uma questão contra a Capital, mas isso vai ter um efeito na cidade. Crianças vão ficar prejudicadas”.

Em relação ao corte de ponto, Marquinhos explicou que não irá seguir a medida anunciada pelo governador Reinaldo Azambuja, que prometeu cortar o controle de horários dos servidores que paralisarem por causa da manifestação nacional contra a reforma da previdência. Professores do Estado e município decidiram, em assembleia, participar do ato. “Neste momento não acho que vá resolver”, disse.

 Procurado pela reportagem, o presidente do sindicato municipal, o professor Lucílio Nobre, declarou que a greve já foi deliberada e a situação é “irreversível”. “O que está decidido é o início da greve, mas não descartamos outras manifestações, até esta sugerida pelo prefeito”.

Paralisação

A greve geral contra a reforma da previdência foi convocada pela  CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação) e sindicatos de vários estados estão aderindo ao movimento. O movimento pretende mostrar à população o teor da PEC 287/2016, a reforma da previdência, que segundo a confederação, se aprovada, vai acabar com a aposentadoria no Brasil.

O plano aumenta a idade mínima para mulheres se aposentarem, acaba com a aposentadoria especial para professores da educação básica e reduz o valor do benefício a que os profissionais segurados têm direito depois de aposentado.