Em 30 dias, mau tempo leva à Capital cinco voos que pousariam em Dourados

Passageiros são transladados em van contratada pela Azul

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Passageiros são transladados em van contratada pela Azul

A falta de estrutura do Aeroporto Regional de Dourados Francisco de Mattos Pereira tem forçado voos comerciais saídos de Campinas, no Estado de São Paulo, a serem alternados para Campo Grande, distante 228 quilômetros, quando o tempo fecha. Em 30 dias, houve cinco casos semelhantes, dos quais a Azul Linhas Aéreas Brasileiras, única companhia a operar na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, confirma a ocorrência de três somente na última quinzena de janeiro.

No dia 2 passado, a página no facebook Aviação Regional Dourados MS informou mais uma ocorrência desse gênero, quando uma aeronave saída de Viracopos precisou ficar 45 minutos voando em órbita até ter seu destino alternado para a Capital. Teria sido o quinto caso semelhante no intervalo de 30 dias.

NO VISUAL

O Jornal Midiamax apurou que quando o tempo fecha a Azul não desce em solo douradense porque o Francisco de Mattos Pereira só opera no visual quando se trata de aviões com envergadura de asas acima de 25 metros, como é o caso das ATR72 utilizadas pela companhia aérea, de 27 metros.

Procurada pela reportagem, a Azul Linhas Aéreas Brasileiras confirmou, em nota, que “durante a última quinzena de janeiro, as operações em Dourados tiveram alguns impactos devido às condições meteorológicas registradas na cidade”.

“A companhia precisou alternar três voos que partiram de São Paulo (Viracopos), para o aeroporto de Campo Grande, capital do Estado. Todos os Clientes receberam assistência necessária, de acordo com a Resolução 141 da Agência Nacional de Aviação Civil, foram reacomodados em outras operações da companhia, de empresas congêneres ou seguiram ao destino final por via terrestre”, esclareceu a companhia, que disse lamentar o ocorrido “e reforça que medidas como estas são necessárias para conferir a segurança de suas operações, detalhou a empresa”

INSPEÇÃO

No início deste mês, quando a prefeita Délia Razuk (PR) visitou o aeroporto, a Prefeitura de Dourados anunciou que a gestora municipal retomou articulações por melhorias na estrutura aeroportuária local.

“Délia visitou o aeroporto e colheu, junto ao chefe do terminal, Juliano Almeida Domingos, algumas informações necessárias para que novos encaminhamentos sejam feitos junto à SAC (Secretaria de Aviação Civil). A prefeita ainda acompanhou a visita técnica operacional que estava sendo feita no local por técnicos do Cindacta 2 (o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo, responsável pela região) e foi informada de que Dourados vai receber, pela primeira vez, de 14 a 17 de março, a visita de inspeção da equipe da ASOCEA (Assessoria de Segurança Operacional do Controle do Espaço Aéreo), do Ministério da Aeronáutica”, divulgou a administração municipal.

REFORMA

Em agosto do ano passado o então prefeito Murilo Zauith (PSB) viajou à Brasília para assinar o contrato de construção do novo aeroporto de Dourados, obra incluída no Programa de Aviação Regional lançado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e contingenciado por seu sucessor Michel Temer (PMDB), que reduziu de 270 para 53 o número e aeroportos atendidos com recursos federais para melhorias.

No mês de dezembro de 2016 foi a vez do deputado federal Geraldo Resende (PSDB) anunciar que as obras no Francisco de Mattos Pereira teriam início ainda no primeiro semestre deste no, com previsão de encerramento em 2018. Ao todo, o investimento da União destinado à reforma do aeroporto local deve chegar a R$ 40 milhões. Isso possibilitará, por exemplo, operar voos de aeronaves de grande porte por meio de instrumentos.

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