Foram demolidas apenas construções sem morador
De janeiro a outubro de 2017 a Prefeitura, impediu 70 ocupações de área pública e de proteção ambiental, na Capital, segundo a Emha (Agência Municipal de Habitação). Operações estariam sendo realizadas através da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana), Emha e Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), com o apoio da Guarda Municipal para conter as construções.
Ainda conforme a agência, as demolições foram feitas apenas em construções sem moradores. Nos locais onde existem habitantes ocupando o espaço, o processo acontece apenas por intermédio de forma judicial.
Na terça-feira (24), de acordo com a Emha, uma renião da ‘Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Social’, da ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), teria reunido lideranças das ocupações de áreas públicas e particulares da Avenida Guaicurus e dos bairros Jardim Samambaia e Jardim Canguru. O movimento quer a legitimação das ocupações.
Nenhum representante do poder público teria participado do encontro.
Outro problema
Um outro problema habitacional em Campo Grande, é a grilagem – ocupação irregular de terras com falsificação de documentos de propriedade -, prática criminosa e que se aproveita das famílias que estão em situação social vulnerável.
Para o diretor-presidente da Emha, Enéas Netto, aceitar a ocupação dessas áreas torna o cadastro da agência sem efeito algum e que regularizar essas moradias com menos de 5 anos é impossível. Ele ainda ressalta que o poder público tem conhecimento que a crise econômica afeta essas famílias, mas que a desapropriação de uma área particular, por exemplo, não é simples já que envolver os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.