Caso foi parar no MPE-MS 

Uma coordenadora escolar, responsável por salvar a vida de uma adolescente por identificar que ela estaria se mutilando ao participar do jogo da ‘', que ficou mundialmente conhecido por incentivar o suicídio entre os jovens, acabou denunciada ao MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul). O caso foi arquivado nesta terça-feira (08).

Os pais da adolescente denunciaram a coordenadora por constrangimento ilegal porque ela teria pedido à filha deles para abaixar as calças para ver os cortes.

A história começou com uma amiga da menina, que comunicou à direção escolar que a adolescente estaria participando do jogo e se cortando.

Como coordenadora, a mulher procurou a adolescente e, durante o inquérito civil, ficou constatado que ambas conversaram e a menina acabou confidenciando à coordenadora que participava do jogo e que estaria com um corte nas pernas.Coordenadora salva adolescente de 'Baleia Azul' e pais denunciam

Tentando ajudar a jovem, a coordenadora pediu para ver o corte e a menina teria consentido. A escola comunicou aos pais sobre o caso e os alertou sobre o perigo que a criança corria.

Por motivos que não focaram claros durante o inquérito, a menina contou sobre ter mostrado os cortes aos pais, que acharam que a coordenadora teria provocado constrangimento ilegal à filha deles pela atitude.

O caso foi denunciado na Promotoria da Infância neste ano, quando o promotor instaurou o inquérito civil e concluiu que a coordenadora havia feito uma inspeção de forma reservada, após conversar com a menina e ter o consentimento dela.

O promotor pediu o arquivamento do caso, homologado pelo conselheiro relator Edgar Roberto Lemos de Miranda na reunião do Conselho Superior do Ministério Público Estadual desta terça-feira.