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Cotidiano

Comerciários são 70 mil em MS, com maioria de mulheres e jovens

Reforma trabalhista preocupa entidade que representa trabalhadores
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Reforma trabalhista preocupa entidade que representa trabalhadores

Todo mundo tem alguém da família trabalhando diretamente no comércio. Tirando o setor público, a atividade é uma das principais fontes de emprego em Mato Grosso do Sul, com 70 mil vagas. Em , as mulheres jovens são maioria na categoria, geralmente atuando enquanto estudam, se preparando para outra profissão.

Neste dia 30 de outubro é celebrado o Dia do Comerciário, data criada pelo presidente Getúlio Vargas, que reduziu a carga horária da categoria de 12 horas diárias para 8 horas, em 30 de outubro de 1932. Embora a comemoração exista há 85 anos, a profissão só foi regulamentada em 2013, ela Lei nº 12.790, que estabeleceu benefícios e segurança jurídica comuns a outras profissões. Com isso, a atividade deixou de ser uma função e passou a ser uma profissão.

Em alguns estados brasileiros, o Dia do Comerciário é feriado. Por aqui, dia normal de trabalho e, em uma visita às principais áreas de comércio da Capital é fácil identificar que a maior parte dos comerciários são mulheres e jovens de ambos os sexos. Em uma loja de roupa, nesta segunda-feira (30), é o segundo dia de trabalho de Ludmila Santana, 19 anos. Ela estuda direito e procurou o emprego de vendedora enquanto não se forma na faculdade.

Comerciários são 70 mil em MS, com maioria de mulheres e jovens

A gerente da loja em que Ludmila trabalha, Fabiane Honorato, explica que, a partir de agora, aumenta a procura pelas vagas na loja. Os candidatos são na maioria jovens em busca do primeiro emprego registrado.

“A gente procura, geralmente, pessoas com experiência, mas, dependendo do currículo, a supervisora avalia e convoca para uma entrevista e um teste de três dias”. Para quem vai buscar uma vaga, Fabiane dá a dica: “Tem gente que mesmo não tendo experiência, se sai super bem. Procuramos desempenho nas vendas e um bom atendimento no geral”.

Categoria em MS

Em todo o Estado são cerca de 70 mil comerciários, sendo que aproximadamente a metade trabalha em Campo Grande, segundo o presidente da Fetracom MS (Federação dos Empregados no Comércio e Serviços de MS), Pedro Lima. Ele confirma que a maior parte dos empregados do comércio são os jovens e as mulheres.

Segundo Lima, a média salarial varia nas cidades do Estado, ficando entre 10% e 15% acima do salário mínimo, em torno dos R$ 1,1 mil. A Fetracon representa os comerciários das cidades onde não há sindicato e nas cidades onde há, como em Campo Grande, o sindicato é filiado à entidade. O sindicalista aponta que a reforma trabalhista, aprovada pelo presidente Michel Temer (PMDB), está atrapalhando a negociação salarial deste ano, que tem a data-base em novembro.

“Negociamos melhores condições e melhores salários. O piso em Mato Grosso do Sul está abaixo de estados mais desenvolvidos. Nesse ano estamos vivendo o problema com relação à alteração da legislação trabalhista com o prejuízo para comerciários, pois, a classe patronal está reticente e dificultando a negociação”, afirma.

Oportunidade

Raphael Gustavo, 24 anos, trabalha em uma revenda de celulares e diz que vê no comércio como uma oportunidade. “Estou estudando a noite e de dia trabalho aqui. É uma área boa e tem a ver com o que eu estudo [administração], num futuro, posso evoluir aqui também”, avalia.

Carla Andrada, 30 anos, é vendedora em uma loja de roupas e conta que trabalha como comerciária desde os 21 anos e, que foi assim que assinou a carteira de trabalho pela primeira vez. “Eu já tinha trabalhado em comércio, mas coisa pequena de bairro. Foi trabalhando em loja que assinei a carteira pela primeira vez. Como todo trabalho, cansa, mas nunca quis sair não. Para quem tem o dom da venda compensa”, diz.

Aos 42 anos, o vendedor de uma grande de lojas de móveis e eletrodomésticos diz que não pode se identificar, mas conta que não pensa em mudar de área. “Para a gente que trabalha em rede é bom, pois o salário é um pouco maior. Cumprem tudo certinho e tem benefícios. Não é um emprego de se jogar fora não”, conta.

Números

De acordo com o Ministério do Trabalho, os setores de Comércio e Serviços respondem por mais da metade do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, aproximadamente 55%, o que implica também uma alta participação no total de empregos do mercado de trabalho.

Segundo a Rais (Relação Anual de Informações Sociais) de 2016, divulgada neste mês de outubro pelo Ministério do Trabalho, na série de 2010 a 2016 houve um crescimento relativo e absoluto dos setores de Comércio e Serviços como principais empregadores. Juntos, eles ampliaram sua participação de 51,6% (2010) para 56,4% (2016), um incremento da ordem de 3,2 milhões de empregos no período. Segundo a Rais, o Brasil tinha 16,70 milhões de empregados formais em Serviços e 9,6 milhões no Comércio, em dezembro de 2016.

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