Sistema implantado em 2015 custou R$ 1,1 milhão

Parte das câmeras de segurança das ruas da região central de estão sem funcionar há mais de um ano.  O projeto inicial previa o funcionamento de 22 aparelhos em áreas estratégicas ao custo de R$ 1,1 milhão, mas nem todos continuam operando e a prefeitura da Capital já cogita uma parceria com o comércio para coibir a criminalidade. 

Ligadas em 2015, das 22 câmeras parte da estratégia de segurança somente 15 continuaram operando até o início deste ano. Em janeiro, conforme informou a prefeitura, 5 equipamentos tiveram conserto e os dois restantes tiveram que ir para o lixo, portanto, há 20 dispositivos aptos a cuidar de toda a área central da Capital. 

Quando instalados, o sistema recebeu investimento R$ 860 mil, recursos provenientes do Ministério da Justiça, com contrapartida de R$ 150 mil do município, tendo nove quilômetros de fibra óptica. Um dos objetivos era reduzir em até 30% a violência da área central. Nos primeiros seis meses de funcionamento, os aparelhos registraram 231 ocorrências, desde acidentes de trânsito, uso a comércio de entorpecentes e furtos. 

Com o monitoramento desfalcado, a Prefeitura de Campo Grande estuda estudam integrar o sistema de público e privado, na região central, em tempo real, baseado no uso de imagens captadas por câmeras de vigilância já instaladas na cidade. 

A ideia é semelhante da usada na Capital paulista, desde o início deste ano. As imagens geradas pelas câmeras particulares serão recebidas pela prefeitura pela internet, desde que haja interesse dos responsáveis.  
As câmeras estão instaladas em pontos estratégicos do quadrilátero formado pelas ruas Rui Barbosa; 26 de Agosto, Noroeste e avenida Mato Grosso, cobrindo espaços e logradouros públicos de grande aglomeração, como o Mercadão Municipal, Camelódromo, Praça Ary Coelho, Morada dos Baís, Orla Ferroviária, além da Feira Central.

Novas câmeras 

A prefeitura da Capital tenta com a bancada federal de senadores e deputados de Mato Grosso do Sul para que, por meio de emendas do Orçamento Geral da União, seja aprovado o projeto para ampliar em 100 novas câmeras o videomonitoramento da Capital, cujo investimento será em torno de R$ 4 milhões.

“Não é novidade a crise que a prefeitura enfrenta hoje. Não podemos comprar 100 câmeras ao custo de R$ 4 milhões para atender Campo Grande, porque não temos esse recurso, mas nós temos o material humano, que pode ajudar. Então, já estamos buscando essa parceria em Brasília, pensando nas emendas de 2018. Toda essa gama de atividades que estamos trabalhando é para começar agora, para colher frutos em 2019, 2020…”, disse o secretário municipal de segurança, Valério Azambuja.