Reforma agrária está parada no Estado

Oito movimentos de trabalhadores sem-terra ocuparam, na manhã desta segunda-feira (28), a sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), em Campo Grande. Os sem-terra foram a ‘Coalizão do Estado’, e cobram a retomada da pauta de reforma agrária negociada há vários anos e que nunca saiu do papel.

A expectativa dos sem-terra é de que pelo menos mil pessoas participem da mobilização. Durante a manhã, foi feita uma reunião com o superintendente do Incra, Humberto César Mota Maciel. De acordo com o José Beda, representante do MVT (Movimento Vitória na Terra), os trabalhadores começaram a chegar ao Incra por volta das 4 horas. “Estamos aguardando a presença do senador Pedro Chaves e vamos ficar aqui até desenrolar a situação.

O representante do MAF (Movimento da Agricultura Familiar), Rodionei Merlin explica que entre as reivindicações estão a desapropriação e a aquisição de terras no Estado para a reforma agrária. Além disso, o recadastramento das famílias, pois os últimos dados sobre a situação dos acampados são antigos. Seriam, 17 mil famílias acampadas no Estado.

‘Coalizão’ de movimentos de trabalhadores sem-terra ocupa Incra e espera por senador

Merlin diz ainda que estrutura da superintendência do Incra em Mato Gross do Sul é uma das piores do país, piorando o problema dos sem-terra no Estado. “É a pior que tem no Brasil. Só a dívida do Incra com fornecedores é de R$525 mil e não tem recursos para fazer nada”.

Participam da ocupação os movimentos: MAF (Movimento da Agricultura Familiar), OSLT (Organização Social na Luta pela Terra), MAR (Movimento Agrário Rural), MTR (Movimento dos Trabalhadores Rurais), MAC (Movimento da Agricultura Camponesa) e MASC (Movimento Agrário Social Cristão), MVT (Movimento Vitória na Terra) e MSB.