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Cotidiano

Cidade onde pichador é chamado de ‘poeta’ não tem galeria de artes e perdeu faculdade

Pichações nos muros de Dourados levantam outras questões acerca da arte.
Arquivo -

Pichações nos muros de levantam outras questões acerca da arte.

​As discussões levantadas pelo historiador Mauricio Lemes Soares que fez uma análise sobre Café o pichador de muros trouxe à tona outros questionamentos sobre o que pode ser considerado arte. O pichador que se esconde atrás do nome Café está sendo chamado de poeta e é o artista do momento em Dourados.

“Sem desqualificar o Café, porque acredito não ser esse o caminho, mas vê-lo entre essas fronteiras, a começar que a cidade nem galeria de arte tem o curso de Artes Visuais na cidade não existe mais”, afirmou o artista plástico Cello Lima. A faculdade de Artes Visuais formou centenas de profissionais nas últimas três décadas.

“Parece que os ânimos andam exaltados na cidade em torno das narrativas impressas nos muros de particulares da cidade pelo ‘artista ou poeta’ Café. Engraçada essa polêmica! O Brasil está vivendo o maior assombro da sua história política, a intolerância tem sido expressão fluente, a fome começa a dar os seus sinais, aumentos de impostos, produtos, a vida dos brasileiros virada de cabeça para baixo e o tal Café virou a sensação do momento roubando a cena de reflexões mais prementes”, analisou Cello Lima.

O artista afirma que “primeiro é preciso colocar cada coisa no seu lugar, principalmente em termos de conceitos que normalmente são empregados com uma leviandade que me faça o favor! Depois existe o fato que num mundo onde a mídia tem ocupado um espaço de destaque, muita gente se aproveita de determinados assuntos ou fatos para se auto promover ou garantir para si protagonismo ou visibilidades”.
Cello Lima, que nas décadas de 1980 e 1990 foi um dos mais importantes artistas e agitadores culturais de Dourados afirmou que “Sem entrar no mérito da questão dos parâmetros jurídicos de legalidade e em torno do que possa ser classificado como público ou privado, o Café em sua caligrafia de apropriação tem promovido uma atenção interessante para importância da leitura e da mesma no espaço urbano, um olhar para cidade, para nós mesmos um tipo de Acorda Alice!”

 O artista douradense explica que “mesmo distante do que possam ser classificado como Arte ou poesia que é Arte também, as pichações de Café dialogam com ambas porque aguça o expectador a fazer leituras mais profundas sobre sua e a nossa existência nesse mundo e na cidade onde vivemos e qual o espaço que ocupamos nela”.

 

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