Cetremi pode ser primeiro prédio da Prefeitura reformado por presos

Imóvel já passou por reforma há quase dois anos

Instalações do Cetremi (Centro de Triagem e Encaminhamento do Migrante) podem passar por nova reforma, quase dois anos depois da Prefeitura de Campo Grande investir R$ 247,6 mil no imóvel. Dessa vez, mão-de-obra poderá ser de presos do regime aberto e semiaberto.

Ainda que documentação esteja sendo encaminhada, conforme o juiz da 2ª Vara de Execuções Penais Albino Coimbra Neto, há interesse do município em priorizar o espaço dedicado ao acolhimento integral de migrantes mediante extensão do projeto “Mãos que Constroem”.

Nota da prefeitura, por outro lado, negou existência de “qualquer cronograma ou obras definidas, apenas a intenção das partes e o início do processo administrativo”. Isso porque não há prazo para assinatura do convênio e sua vigência.

Reforma

Em fevereiro de 2015, a unidade que oferta alojamento, alimentação e higienização a migrantes e pessoas em situação de rua acabou alvo de inquérito civil do MPE (Ministério Público Estadual) por irregularidades. Cinco meses se contratou reforma de R$ 247,6 mil.

Coube a empresa Wala Engenharia Ltda realizar intervenções nas áreas elétrica, hidráulica e estrutural do imóvel, localizado na saída para Três Lagoas. Recurso federal, do PAC II (Programa de Aceleração do Crescimento), foi empregado na obra.

Marquinhos Trad, ao visitar o local em janeiro deste ano, apontava necessidade de nova reforma para melhorar atendimento e conforto. Ele sugeriu, inclusive, que levantamento fosse realizado para determinar quantas pessoas usam o serviço por necessidade ou “hotel”.

Sob tutela da SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social), unidade atende em média 80 pessoas na Capital. Dentre os serviços há encaminhamento para o mercado de trabalho, rede de assistência de saúde e social, além da oferta de passagens para retorno a cidade de origem.