O CCZ sacrificou 630 cães e gatos em março deste ano 

O CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Campo Grande suspendeu os procedimentos de eutanásia em animais com Leishmaniose há uma semana por falta de anestésicos, e ainda não há previsão de quando o serviço será retomado. O local não oferece tratamento aos animais doentes. 

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) confirmou a situação e defendeu que o anestésico usado nestes procedimentos não foi comprado pela administração passada, e que a atual gestão já iniciou o processo de compra deste medicamento, mas não tem previsão de quando ele chega. 

A secretaria esclareceu que estoque atual é limitado – suficiente para até três meses -, em vista disso, somente animais em estado considerado gravíssimos irão passar pela eutanásia. “E essa classificação é feita pelo profissional veterinário que tem autonomia para isso, mesmo com a comprovação laboratorial de que o animal esteja com a doença”, completou a nota. 

Em março deste ano, o CCZ da Capital sacrificou 630 cães e gatos; média diária de 21 eutanásias. O número corresponde a 86% dos animais que passaram pelo centro no mês passado. Desse total, 85 (11%) foram adotados. Os outros 10 (4%) estão à espera de um novo lar.
 
Em entrevista ao Jornal Midiamax no mês passado, a veterinária Iara Domingos, atual coordenadora do CCZ disse que as regras fixadas pelo CCZ indicam que os animais são sacrificados somente quando o estado de saúde é crítico. Iara salientou ainda que o animal com leishmaniose só poderá passar pela eutanásia com a autorização do responsável, ainda que o estado seja grave, em cumprimento a liminar da Justiça de Mato Grosso do Sul, que autoriza o tratamento da doença em cães do Estado.