Atendimentos para vítimas de acidentes cresceu 13%

A campanha foi lançada nesta quinta-feira (2) em , mas adverso ao mote do ‘Trânsito sem violência” estão as condições de tráfego da cidade. Os problemas encontrados envolvem desde a estrutura ao policiamento: Ruas e avenidas não possuem sinalização, faltam placas, os radares estão desligados há 5 meses e a fiscalização escassa; fatores que aumentam o risco nas ruas da Capital.    

Diante deste cenário, a violência no trânsito fica sem freio e a quantidade se eleva ano a ano; os atendimentos para vítimas de acidentes cresceu 13% na Santa Casa da Capital, que passou a atender, em média, 600 pessoas mensalmente.   

A começar pela Lei Seca, forma rigorosa de coibir o uso de álcool ao volante, que tornou cada vez mais raras na Capital; no ano de 2016 foram realizadas 384 Blitz, mas não há número de flagras pela madrugada. Prova disso são os acidentes ‘pós balada’, que são frequentes nos finais de semana, e cada vez mais graves. Atualmente são realizadas em torno de 4 ações por semana, principalmente nos bairros. 

Para o comandante do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, o tenente-coronel José Amorim Longatto, a falta de efetivo era um dos empecilhos para a fiscalização, que tem sido combatido com a habilitação dos batalhões para questões de trânsito. “Antes, se acontecia um acidente no bairro Nova Lima, por exemplo, a pessoa tinha que esperar a chegada do Trânsito, mas agora em todos os batalhões há homens habilitados e podem aplicar multa”, explicou. 

O comandante também criticou o atendimento nas delegacias de polícia, o que estaria prejudicando o andamento das ações. “Fizemos uma blitz na Afonso Pena e levamos dois motoristas embriagados, mas esperamos mais de 4 horas para lavrar a ocorrência”, expôs. “Dependendo do caso, o condutor flagrado espera tanto que não há mais sinal de álcool, isso por causa da demora”, finalizou. 

A falta de sinalização também é alvo frequente de críticas entre condutores e pedestres. Até mesmo na área central, onde o fluxo de veículos e pessoas é maior, a situação se arrasta por anos e é fácil encontrar ruas que sequer tenham faixa ou divisória nas pistas. “Quando as faixas estão visíveis fica melhor para dirigir, o outro motorista não invade tanto a pista. Acho que nos dá limite”. Opinou o José Martins, 49, que trabalha como motorista de entrega. 
Janine garantiu que até a metade do ano, pelo menos a área central terá recebido nova sinalização horizontal, e atribuiu as falhas a ausência de manutenção nos anos passados. “A cidade ficou em 4 anos de abandono, mas vamos atacar todas frentes. Estamos comprando tudo que é possível para voltarmos a trabalhar”, afirmou. 

Outro ponto levantado é sobre os radares, desligados desde o final do ano passado, devido ao encerramento do contrato de operação e locação dos aparelhos com as empresas Perkons e Cidade Morena. Ao todo, 66 aparelhos estão impedidos de aplicar autuações por excesso de velocidade e desrespeito ao sinal vermelho. Em relação aos aparelhos, Janine afirmou que dentro de 15 dias será lançada a licitação para contratar uma nova empresa, mas ainda não há definição de quando voltarão a operar.