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Cotidiano

Caminhada pela Paz reúne 700 e chama atenção para a violência contra as mulheres

Objetivo é dar visibilidade ao problema
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Objetivo é dar visibilidade ao problema

A violência contra a mulher causa 1 morte a cada 90 minutos no Brasil. O medo ainda impede 52% das mulheres de fazerem denúncias contra seus agressores. Foram registrados cerca de 500 mil estupros em 2016 no país. Estes são alguns dos indicadores que levaram o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) a organizar a segunda edição da Caminhada pela Paz que aconteceu na tarde desta sexta-feira (28) pelas ruas centrais da Capital e reuniu cerca de 700 pessoas, segundo estimativa da PM (Polícia Militar). 

O evento faz parte da campanha ‘Mulher Brasileira’ que tem ações integradas ao projeto Mãos EmPENHAdas Contra a Violência. Lideranças que trabalham em prol do enfrentamento à estavam presente, como a Subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres do Governo do Mato Grosso do Sul, Luciana Azambuja, a subsecretária de Políticas para as Mulheres do Município de , Carla Stephanini e  juíza Jacqueline Machado, titular Vara de Medidas Protetivas na Capital e Coordenadora Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, entre outras.

Para Luciana Azambuja, o objetivo da Caminhada é chamar a atenção da sociedade fenômeno do enfrentamento à violência contra a mulher. “Programamos a caminhada para uma sexta, neste horário, para congestionar mesmo e reparar o que estamos fazendo. O primeiro passo para acabar com a violência é falar sobre o assunto”, explica. A ação já estava agendada há mais de um mês e não está relacionada à greve geral que aconteceu no mesmo dia. “Mantivemos nossa programação, até porque o TJ quis fazer a referência ao dia nacional da mulher que é comemorado no dia 30 de maio”, enfatiza.

De acordo com a subsecretária estadual, nos 3 primeiros meses do ano foram registrados quase 5 mil boletins de ocorrência de violência contra a mulher em todo o estado e cerca de 65% são do interior. “Minha preocupação é interiorizar as políticas. Chamamos as gestoras do interior para participar. E isso significa que as mulheres do interior estão denunciando. Isso é bom num certo ponto, porque mostra que  as mulheres não estão mais caladas. A gente queria que não houvesse denúncias pela não existência de violência, mas já que tem é melhor denunciar”, destaca Luciana.

Carla Stephanini reforça dizendo que o fenômeno da violência contra a mulher precisa de visibilidade e é o objetivo da caminhada. “Enquanto houver necessidade, que a caminhada entre no calendário e terá o apoio incondicional da Prefeitura de Campo Grande e instituições parceiras, para que seja uma tradição na causa pela luta e pelo fim da violência contra a mulher. Esperamos que a caminhada possa inspirar outros municípios a fazer o que Campo Grande e o Estado está fazendo. A violência existe, mas não podemos conviver com ela, ela não pode ser banalizada, tem que ser enfrentada e tem que ser punida”, declara. 

A subsecretária municipal alega que o encorajamento das mulheres a denunciarem as agressões é um resultado das políticas públicas em prol do enfrentamento da violência. “Sabemos que esta problemática era interna, intramuros. Na medida que as políticas públicas são institucionalizadas e que o poder público abraça a causa e assume a política de enfrentamento da violência contra a mulher, a mulher tem mais coragem para denunciar. Porque ela sabe que vai ter apoio. Porque não é fácil para ela denunciar, até porque tudo está envolvido a sentimentos”, analisa.

O grupo, que estava reunido na rua da Paz, em frente ao Fórum de Campo Grande, deixou o local em caminhada por volta das 16h, acompanhado de um caminhão de som. Segundo estimativa da PM (Polícia Militar) cerca de 700 pessoas percorreram o percurso pelas ruas Dom Aquino, 13 de Maio, 15 de Novembro, até chegar ao Cijus (Centro Integrado de Justiça), na rua 7 de setembro, por volta das 17h30. A caminhada foi acompanhada pela Guarda Municipal, Polícia Militar e Agetran.

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