Associação dos delegados fala que PF corre riscos e pede autonomia à Instituição

ADPF teme intervenção na Lava Jato

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ADPF teme intervenção na Lava Jato

A ADPF (Associação dos Delegados da Polícia Federal) citou o escândalo das delações da JBS envolvendo o senador Aécio Neves (PSDB) para defender a isenção da Instituição e afirmar que a Polícia Federal corre riscos. Em nota, a ADPF declara que há falta de mecanismos legais que assegurem a independência da entidade.

“O mais recente desses episódios é a conversa publicada pela mídia em que o Senador Aécio Neves deseja que o Ministro da Justiça controle a Polícia Federal a tal ponto de ter determinadas investigações distribuídas a delegados escolhidos previamente. Note-se que isso parece não ser um desejo isolado de integrantes de partidos “A” ou “B””, cita a nota.

“Outros ministros, no governo anterior, já foram objeto de reclamações acerca de não controlarem a Polícia Federal. Essa alegada dificuldade de intervenção se deve muito mais à seriedade dos integrantes da instituição, e também ao apoio popular que merecidamente angariou com suas ações ao longo dos anos, do que aos mecanismos legais de proteção de que a PF dispõe. Esses são praticamente inexistentes”, complementa.

Falta de autonomia funcional

Associação dos delegados fala que PF corre riscos e pede autonomia à Instituição

Para os delegados, há possibilidade de uma intervenção do governo na PF “quer pelo direcionamento ou corte de recursos, quer pela pressão sobre seus integrantes, como tanto desejou o senador, quer pela possibilidade de troca a qualquer momento dos que possuem cargos de confiança”.

“A título de exemplo, ao contrário do que ocorre em democracias consolidadas, o Diretor Geral da Polícia Federal sequer possui mandato fixo que o salvaguarde dos humores do governo da vez”, comenta. 
 

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