Após vazamento de amônia, JBS é alvo de inquérito do MPT e multa da PMA

Oitenta trabalhadores passaram mal

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Oitenta trabalhadores passaram mal

O MPT (Ministério Público do Trabalho) abriu inquérito para investigar o vazamento de amônia ocorrido nesta quinta-feira (06) em uma unidade do frigorífico JBS em Campo Grande, que fez cerca de 80 trabalhadores passarem mal depois de inalar o gás, que é tóxico.  A unidade suspendeu as atividades e retomou nesta sexta-feira.

Esse inquérito é o segundo do MPT sobre vazamento de amônia só este ano. Em fevereiro foi aberto um procedimento depois de problema semelhante na unidade do Marfrig em Bataguassu, quando 21 trabalhadores  passaram mal. Nesta sexta-feira pela manhã, representantes do órgão estiveram na unidade, que passou por perícia. O objetivo do inquérito é verificar se houve descumprimento de medidas de segurança.

Além do Ministério Público do Trabalho, a PMA (Polícia Militar Ambiental) também enviou equipes ao local. Segundo o setor de relações públicas divulgou, a JBS foi notificada a apresentar documentação e explicar os procedimentos adotados depois do acidente.

Depois da análise do que for apresentado, vai ser definido o valor da multa que empresa vai receber, em razão do acidente. A lei federal estabelece valores entre R$ 5 mil e R$ 50 milhões, mas o valor não deve chegar perto do máximo. No ano passado, depois de problema semelhante na unidade da Marfrig em Bataguassu, o valor da multa ficou em R$ 500 mil.

Perícia

Na manhã desta sexta-feira, o setor de produção da unidade JBS foi fechado para perícia a fim de identificar o que teria provocado o vazamento. No local trabalham 1,2 mil pessoas e havia, na hora do acidente, pelo menos 400.

Dos 80 trabalhadores que passaram mal, 28 foram para unidades de saúde, seis deles para o Hospital Regional e todos já receberam alta, segundo o coordenador de Urgências da Prefeitura, Yama Higa. Eles foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros e pelo Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência)

Os funcionários receberam atendimento médico, passaram por exames e foram liberados

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