Comissão irá deliberar na próxima segunda-feira (25)

Após paralisação e manifestação realizada por cerca de 1,2 mil funcionários administrativos da educação do Estado, categoria não descarta greve se não tiver as reivindicações atendidas. A proposta mínima da classe é a incorporação do abono de R$ 200,00 ao salário que é de R$ 805,00 e realização de concurso público.

Segundo a (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) uma comissão foi criada para discutir propostas e será reunida na segunda-feira (25). Ainda não houve sinalização do Governo do Estado.

Apesar de reivindicarem pelo menos a incorporação do abono ao salário, os profissionais pedem um ‘reajuste digno’ para a categoria em cartazes. Presidente da Fetems, Jaime Teixeira afirma que o piso da categoria hoje é de R$ 805. “Deveria ao menos ser comparado ao salário mínimo. Ao menos receber a incorporação do abono de R$ 200”, comentou.

O Estado possui hoje cerca de 6,5 mil trabalhadores atuando nos setores administrativos da Educação e, segundo a classe, há déficit de 1,2 mil funcionários. Por isso, uma das exigências da categoria é a realização de concurso público para suprir essa defasagem.

Após paralisação, funcionários administrativos da educação não descartam greve

“Não tem mais concurso, vai começar a contratar empresa? É o fim dos tempos. O governo tem que dizer para que ele quer essa comissão. Para terceirizar a educação?”, questionou Amarildo durante sua fala na Assembleia durante a manifestação dos funcionários. Ele pediu respostas à SED (Secretaria Estadual de Educação) quanto ao assunto.

A SED enviou nota por meio de sua assessoria que tomou conhecimento da manifestação e acredita que não há indicativo de greve. A nota afirma que o Governo “está tratando essas questões diretamente com o sindicato que representa os administrativos da educação, o SINFAE” (Sindicato dos Funcionários Administrativos da Educação de Mato Grosso do Sul). Ainda de acordo com o comunicado da SED, “as tratativas de avanços nas carreiras estão dentro de um cronograma pré-estabelecido com o SINFAE, assim como foi feito com todas as categorias”. 

Quanto a criação da comissão especial para credenciamento de organizações, a SED alega que houve “uma interpretação equivocada da Resolução”. Segundo a secretaria, a comissão tratará do cadastramento de entidades como Associações de Pais e Mestres, Apaes, entre outras, para que possam receber repasses e cedências. “A comissão avalia e dá transparência ao processo”. 

O presidente do Sinfae, Abrão dos Santos Meireles, disse que a manifestação desta manhã é válida e necessária. “A categoria tem uma defasagem salarial muito grande. Tem que mexer na política salarial e na condição de carreira. O funcionário administrativo da educação tem o salário mais baixo do estado, além da falta de funcinários nas escolas”, elenca. Abrão confirma diálogo com o Governo informando que será realizado um seminário no dia 27 de setembro com a SED e a SAD (Secretaria Estadual de Administração e Desburocratização) quando, segundo ele, devem ser sinalizadas propostas para a categoria.

Matéria editada as 16:44 para adição de posicionamento da SED e Sinfae.