Uma família teve que ser removida do local
Barracos de famílias moradoras do loteamento José Teruel Filho –na saída para São Paulo– foram alagados durante a chuva da madrugada desta terça-feira (7). Durante a manhã, equipes da Prefeitura estão no local e correm contra o tempo para a construção de barreiras capazes de ‘segurar’ novas inundações, diante da possibilidade de chuva a qualquer momento.
De acordo com o Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), nas últimas 24 horas Campo Grande registrou o acumulado de 39.2 milímetros e as famílias, principalmente dos loteamentos para onde foram transferidos os moradores da antiga Favela Cidade de Deus foram transferidos, foram os que mais sofreram com os estragos.
De acordo com o superintendente da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), Mehdi Talayeh, durante a chuva, foram recebidas de inundações em diversas bairros da Capital, sendo mais o mais grave no loteamento José Teruel Filho, onde as equipes da Sisep estão nesta manhã.
A Sisep enviou ao local patrolas, pá-carregadeira e caminhões que vão fazer o direcionamento do volume da água que passa pelo loteamento para áreas públicas que ficam atrás dos barracos. Segundo Talayeh, devem ser colocadas canaletas, caixas de contenção e construídos quebra-molas, que vão ajudar a reduzir o volume das águas da chuva e evitar novos alagamentos. A previsão é que os trabalhos sejam concluídos até aa quarta-feira (8).
De acordo com o presidente da Associação de Moradores do Loteamento José Teruel Filho, Rony Leão o loteamento tem aqui estão 96 casas inacabadas e pelo menos 30 barracos foram alagados pela chuva da última terça. “Recebemos apoio do Emha (Agência Municipal de Habitação), Sisep e Defesa Civil. Apenas uma família foi removida, pois não havia condições de eles permanecerem aqui”.
Ciane Lima, 20 anos, mora no barraco que foi inundado com o marido, de 31 anos, a filha de 4 meses e a mãe de 47 anos. “A Defesa Civil disse que teríamos que sair e fomos para casa da minha tia no Bairro Serra Azul. É uma calamidade a situação em que a gente vive”, lamenta a moradora.
Paulo Roberto, 35 anos, mora com a esposa de 28, a filha de 4 anos e a enteada de 8, no loteamento. Ele contou que no momento em que da chuva, estava no Jardim Tijuca trabalhando e foi de bicicleta até a casa, já pensando nos estragos. “Toda vez que chove é isso. Já temos trauma de chuva. Minha filha fica desesperada”, diz.