Casos viraram alvos de sindicâncias
A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) instaurou nesta quarta-feira (1º) uma sindicância para apurar o uso indevido de spray de pimenta durante um curso de formação de agepentes penitenciários, aprovados em concurso.
A investigação foi aberta após denúncia do Jornal Midiamax, que divulgou um VÍDEO onde agentes penitenciários em formação são submetidos a dois minutos de inalação do spray, em uma sala na Penitenciária de Segurança Máxima.
O caso foi narrado à redação por alunos que não quiseram se identificar. Segundo os denunciantes, o treinamento valeria nota, e aqueles que ficassem na sala inalando o spray por mais tempo ganhavam mais pontos. Quem saísse do local, perdia pontos.
Também foram espalhadas pequenas porções de gás lacrimogêneo. Relatos à redação contam que alunos passaram mal inalando o gás, alguns chegando a vomitar. O caso ocorreu no início do ano.
A Agepen à época alegou que investigaria o caso, mas informou via assessoria que o treinamento extracurricular não seria obrigatório e teria partido de um pedido de um grupo de alunos, contrariando a versão dos denunciantes, que afirmaram terem sido obrigados a participar do treinamento.
A Agepen também informou que nenhuma reclamação por parte dos alunos foi protocolada sobre o treinamento. A situação está sendo investigado pela Corregedoria da Agência.
Confusão entre presidiários
Outro caso que está sendo apurado pela Corregedoria da Agepen é o de uma confusão que acabou na fuga de um presidiário, trocado por outro no momento de sua transferência.
Wagner Edson Guimarães, também chamado de Wolverine, fugiu do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira no dia 5 de dezembro, após ter tomado o lugar de um xará seu, o presidiário Wagner Pereira Colaneri.
Colaneri quem deveria ter sido transferido da Penitenciária Máxima de Campo Grande para a Gameleira, junto a outros 11 presos. No dia 1º de dezembro, seu xará Wolverine aproveitou que o outro tomava banho de sol e se passou pelo companheiro de cela para ser transferido em seu lugar.
Além de investigar o caso e possível falha no processo administrativo, a Corregedoria da Agepen informou que estuda instalar sistema de identificação biométrica para liberação dos internos, para evitar casos similares.
Outras investigações
Outras três sindicâncias abertas pela Agepen investigam irregularidades internas na Agência. Um dos processos não possui informações sobre a origem nem o motivo da sindicância, mas tem como alvo a sede da Agepen.
Outro procedimento apura fatos narrados por um servidor da Penitenciária de Corumbá. A sindicância partiu de um pedido da Procuradoria Jurídica da Agepen.
Já a terceira investigação apura conduta do servidor Manoel Almeida Santos Filho, e foi aberta a pedido da Corregedoria da Agepen.
(sob supervisão de Evelin Araujo)