Dificuldade de acesso às casas é principal reclamação

Pouco mais de 300 agentes comunitários, de endemias e agentes de saúde pública foram à Câmara Municipal na manhã desta sexta-feira (10) reivindicar melhorias nas condições de trabalho, salarial e benefícios que, segundo eles, estão em atraso. O vereador enfermeiro Fritz (PSD) foi o responsável por chamá-los. Representantes da Prefeitura, governo do Estado e Assembleia Legislativa estavam no local.

Na tribuna, a agente comunitária Eliane Colman, que atua nas ruas de Campo Grande há 8 anos, explicou ser necessário que seja ilustrado à população a diferença entre as três categorias, levando em conta a dificuldade que os profissionais têm de entrar nas casas para executar o serviço. A sugestão, nesta caso, é que haja cronograma especificando o que cada um faz.

Além do difícil acesso às casas, eles reclamam da ausência de valorização do trabalho e do salário. Isa Leite, agente de saúde há 15 anos, fez questão de mostrar as manchas no rosto causadas pelo excesso de exposição ao sol. “Temos um trabalho muito importante, mas sem reconhecimento. Precisamos de melhorias, inclusive nos equipamentos usados”.

O deputado estadual Lídio Lopes (PEN) disse que vai levar a demanda ao Estado e à Assembleia, já que duas das três categorias são pagas com recursos federais. Ele vai propor audiência pública para que as reivindicações sejam ouvidas. Também se comprometeu em conversar com o prefeito Marquinhos Trad (PSD).

Representante do Recursos Humanos da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Isabel Martins disse que alguns ajustes ainda não foram feitos justamente pela troca de gestão. Agentes reclamaram que bonificação de R$ 103 e o 14º salário ainda não foram pagos. “Esses valores já estão liberados, mas por questão de organização de administração ainda não foram pagos”, explicou.

(Foto Mariana Anjos / Midiamax)