Moradores cobram atitude do poder público

Chamada de pista de corrida pelos moradores da região, a foi bloqueada na manhã desta sexta-feira (11), na altura da Vila Julieta, no cruzamento onde uma idosa morreu em um acidente na última quarta-feira (9). 

Com pneus e madeiras, os moradores impediram a passagem de carros e cobram medidas do poder público para reordenação do trânsito e evitar novas tragédias. Eles dizem que as interdições da avenida serão frequentes até serem atendidos 

Um dos participantes do protesto foi Antônio Santos Pacheco, 74 anos, que mora no bairro há 40 anos. Ele perdeu o filho Wagner, em 2014, vítima de um acidente no mesmo cruzamento. Indignado, Pacheco diz que não é hoje o problema . “Tenho documentos de mais de 17 anos pedindo providências, mas nada foi feito. Também falta educação dos motoristas que são indisciplinados e da Justiça para punir”.

Segundo o presidente do Bairro Jardim Moema, Mário Rodrigues da Silva, a Prefeitura já foi procurada diversas vezes por moradores e comerciantes da região que reclamavam sobre os problemas de sinalização. Para quem vive na região, a solução seria a instalação de uma lombada, semáforo e o alinhamento do cruzamento com a Rua Mariazinha Maravieski. 

“Isso aqui virou uma pista de corrida e a rua não dá de frente e tem que ir mais para frente para enxergar. no entanto, tem um poste que atrapalha a visão”, reclama.

No último acidente fatal, que vitimou a paranaense Cecília Paredes, 73 anos, o condutor do carro em que ela estava seguia exatamente da Rua Mariazinha Maravieski para entrar na Avenida Guaicurus. Por imagens de uma câmera de segurança, é possível ver que ele atravessou a Guaicurus em baixa velocidade e foi atingido por um Gol que seguia na via preferencial. 

Morando há 30 anos no bairro, a empresária Eliane Oliveira, diz que os problemas se agravaram depois que a avenida foi recapeada. “A sinalização é péssima e os acidentes são constantes, principalmente, nos horários de pico. Não entendo por que as autoridades não tomam nenhuma providência. A gente teve que tomar essa atitude extrema, para chamar a atenção das autoridades, mas não apareceu ninguém”, protesta. 

Adalberto Laureano Muniz, 52 anos, é construtor e mora na região há 30 anos. Ele diz que o cruzamento não bate com a rua. “Quem vem da Mariazinha, sentido Rouxinou-Centro, tem que vir  muito para frente na rua para enxergar se vem carro ou não. Eles precisam arrumar esse cruzamento”, afirma. 

Sangue no asfalto

29 de setembro de 2015
A ciclista Jocilene Ramos do Nascimento, 35 anos, morreu após ter sido atingida por um caminhão, na esquina da Avenida Guaicurus com a Rua da Divisão, no Bairro José Antônio Pereira. A vítima descia pela rua da Divisão, acompanhada do marido em outra bicicleta, quando foi atingida pelo caminhão.VÍDEO: depois de acidente com morte, moradores bloqueiam a Guaicurus

22 de fevereiro de 2015
Uma criança de 6 anos, morreu atropelada na Avenida Guaicurus
, próximo ao cruzamento com a Rua Rômulo Cappi, no Bairro Itamaracá. A mãe da criança estava no culto de uma igreja em frente ao local do acidente. O motorista fugiu do local e ninguém conseguiu ver a placa do veículo. Ainda de acordo com testemunhas, o motorista deu uma ré e arrancou em velocidade com o carro.

15 de fevereiro de 2014
O motociclista Wagner Menezes Pacheco, 38 anos, morreu na Avenida Guaicurus, próximo do Bairro Itamaracá em . O motociclista colidiu contra um Honda Civic. Ambos transitavam no mesmo sentido e, de acordo com a Bptran (Batalhão de Policiamento de Trânsito), uma mudança de faixa do carro de passeio teria causado o acidente. 

1° de março de 2014
João Moreira dos Santos, 55 anos, morreu em um acidente na Guaicurus,
altura do Jardim Colibri. o Ele estava em uma motocicleta, perdeu o controle ao passar por um quebra-molas e morreu no local.