VÍDEO: com demissão determinada na Justiça, funcionários da Omep e Seleta pedem concurso

Mais de 4,3 mil servidores devem ser demitidos

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Mais de 4,3 mil servidores devem ser demitidos

Servidores contratados pela Prefeitura de Campo Grande, por meio da OMEP (Organização Mundial para Educação Pré-Escolar) e Seleta (Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária), pedem a abertura de concurso interno para que a situação de mais de 4,3 mil trabalhadores seja regularizada. Uma determinação judicial obriga que eles sejam demitidos por conta de irregularidades contratuais apontadas por meio do MPE (Ministério Público Estadual).

A existência de funcionários fantasmas é uma das diversas irregularidades de contratos firmados desde 2005, ainda no primeiro mandato do ex-prefeito, Nelson Trad. As denúncias de são antigas. Em 2011, um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), renovado por duas vezes, foi firmado a fim de sanar o problema, no entanto, foi descumprido pelos gestores municipal.

O protesto dos servidores começou por volta das 8 horas desta terça-feira (17), na Praça do Rádio Clube, na Avenida Afonso Pena. Cerca de 100 manifestantes seguiram para a Prefeitura onde devem ficar a fim de conseguir uma agenda com o prefeito Alcides Bernal (PP).

 

 

“Queremos que ele nos atenda porque é o único que pode resolver isso”, justifica a presidente do Senalba-MS (Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional do Estado), Maria Joana Barreto Pereira.

A presidente do Sindicato lamenta a falta de apoio dos diretores dos Ceinfs (Centros de Educação Infantil) na manifestação que conta com pouco mais de 100 servidores. “Sinto tristeza pelas funcionárias que estão sendo coagidas pelas suas diretoras. Elas tinham de estar do nosso lado porque estamos no mesmo barco e o barco está afundando”, declara.

Os trabalhadores pedem que seja aberto concurso público interno para que mantenham seus empregos. O presidente do Siems (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul) Lázaro Santana, acompanha a manifestação.

“Não existe nenhuma preocupação com as pessoas, o prefeito é irresponsável. É obrigação da Prefeitura fazer algo para assegurar o trabalho deles. São mais de 4,300 demitidos, ou seja, são 4.300 famílias sem emprego”, critica.

Cladir Auzemo Rocha, de 43 anos, recreadora do Ceinf (Centro de Educação Infantil), Marco Antônio Santullo, no Jardim Batistão, pede apoio à Semed (Secretaria Municipal de Educação). “Queremos que a Semed nos colha, assuma a educação infantil. Não queremos que outras empresas contratem no lugar da Omep e Seleta porque seria só um meio para roubarem mais. Teve concurso em 2014. disseram que chamariam 250 monitores e só chamaram 80. Sabemos que mais de 2 mil foram classificados e não chamara. Imagine o quanto lucraram com esse concurso”, observa.

“Temos experiência e não podemos chamar alguém que não esteja qualificado. Queremos concurso interno. Não aceitamos que todos sejam prejudicados por conta de uma minoria”, diz outra manifestante, que preferiu não se identificar.

A manifestação continua na frente da Prefeitura. Conforme informações da presidente do Senalba-MS, o grupo deve permanecer no local até que seja atendido pelo prefeito.  

Assista ao VÍDEO gravado pela equipe de reportagem do Jornal Midiamax.

Conteúdos relacionados

lei seca cerveja bebidas
Yoga