Trabalho de contenção no Noroeste preocupa famílias da área do Linhão
Moradores temem inundação e corte de energia em favela
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Moradores temem inundação e corte de energia em favela
Trabalho de contenção iniciado há cerca de três semanas por equipes da Prefeitura de Campo Grande, preocupam moradores da área do “Linhão”, localizada na região do Jardim Noroeste. Eles temem que as obras prejudiquem a situação das famílias que vivem na favela.
Carmen da Silva, de 55 anos, que mora no local há aproximadamente 13 anos, afirma que as contenções em ruas paralelas devem aumentar o fluxo de água na Avenida Marechal Mallet onde os barracos foram construídos.
“Moramos aqui e sabemos o que acontece em período de chuva. Com essas barragens a água vai inundar nossas casas e acabar com o pouco do quase nada que temos”, declara.
Mauro Burema, de 42 anos, que mora há 4 anos na área do Linhão, também se preocupa com o trabalho realizado na região. “Aqui desce muita água e se fecharem vai transbordar porque não vai ter como escoar. Tinham de fazer um braço de contenção para o lado contrário”, observa.
Além das inundações, os moradores dizem que por conta das contenções os fios de rede elétrica, ligados clandestinamente, serão desenterrados e isso pode colocar a comunidade em risco. “Nossas crianças brincam aqui e isso é perigoso”, diz a dona de casa Marilza de Oliveira, de 39 anos.
Os moradores também temem que as ligações clandestinas sejam desligadas. “A comunidade inteira vai ficar sem energia elétrica. Tomo insulina e preciso deixar na geladeira. Para mim é uma questão de saúde”, frisa Joana Elizete, de 48 anos, que sofre de diabetes.
Na manhã desta quinta-feira (1º), o encarregado pela obra de contenção na Rua Martim de Sá, Daniel Gonçalves, disse à equipe de reportagem do Jornal Midiamax, que as contenções serão realizadas até a Chácara dos Poderes e que o objetivo é reduzir a velocidade da água durante os períodos de chuva.
Questionado a respeito da possibilidade de inundações e sobre a retirada das ligações clandestinas no local, o encarregado garante não interferir nessas questões.
“Vamos fazer o trabalho de contenção de água. A rua é decaída e não tem risco de inundação das casas. Quanto às ligações de energia elétrica, vamos tentar não atingir os fios e se for preciso vamos fazer a substituição do material para não escavar no local onde os fios estão enterrados”, explica.
A equipe de reportagem do Jornal Midiamax tentou falar com as assessoria de comunicação da Energisa a respeito das ligações clandestinas e da permanência das famílias, na área que pertence à concessionária, mas até o fechamento deste texto não houve retorno.
Outra preocupação mencionada pelos moradores é em relação às ligações clandestinas de água. A assessoria de comunicação da Águas Guariroba afirma que a remoção das ligações clandestinas será feita caso as famílias sejam retiradas do local.
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