Trabalhadores da construção seguem em manifesto por reajuste salarial
Patronato oferece reajuste de 9,5% sobre os pisos salariais
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Os trabalhadores da construção civil de Campo Grande paralisaram os trabalhos por duas horas na manhã desta quinta-feira (28), em frente a um canteiro de obras na rua Tabelião Murilo Rolim, quase esquina com a Dr. Paulo Coelho Machado. O manifesto é por reajuste salarial e contra a terceirização dos trabalhos. Os trabalhadores estão fazendo várias manifestações, em diversos canteiros de obras pela cidade.
Presidente do Sintracon-CG (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Campo Grande), José Abelha Neto, diz que os salários vem se achatando ano a ano e o que é pago hoje aos trabalhadores não é o suficiente para se ter uma vida digna. “Temos salários tão baixos que não conseguimos dar educação, lazer, saúde à nossa família. Não conseguimos comprar a casa própria, apesar de construirmos diariamente a casa para outras pessoas”, diz.
Segundo ele, o arrocho salarial é grande e vem piorando com a terceirização do serviço. “Terceirizar é tirar direitos dos trabalhadores. É a precarização da mão de obra”, afirma.
Ele diz que o sindicato luta por um reajuste de 16,5% para toda a categoria, o que equivale ao ganho real, de cerca de 5%, mais a correção inflacionária de 2015. além disso, eles pedem a participação nos lucros e refeição gratuita nos canteiros de obra. “Hoje menos de 20% das empresas oferecem refeição. O trabalhador é obrigado a pagar pelo almoço ou levar a quentinha”, diz.
Presidente da CUT-MS (Central Única dos Trabalhadores), Genilson Duarte, diz que as reivindicações são mais que justas, levando em consideração que conforme o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos) o lucro do patronato aumentou cerca de 19% este ano, em relação ao anterior, enquanto querem oferecer apenas a metade disso em reajuste. “Eles querem dar até 9,5% de reajuste. Valor abaixo da inflação enquanto o lucro está bem acima dos índices”, afirma.
Ajudante de pedreiro, Wilson Ferreira de Oliveira, 44 anos, diz que o R$ 860 pagos a ele por mês, menos que um salário mínimo, por horas diárias de trabalho, é insuficiente para sustentar a família. “Eu mantenho a casa sozinho. Tenho dua filhas na faculdade, que ganharam bolsa do governo. Para eu pagar as contas faço ‘bicos’ todos os fins de semana”, diz.
O eletricista Francinei Nogueira de Amorim, de 35 anos, também acredita que o valor pago pelo serviço que ele faz é baixo. “Ganho R$ 1,3 mil e acredito que poderia ser mais”, afirma.
Segundo o sindicato, a classe patronal oferece reajuste de 9,5% sobre os pisos salariais e 6,5% para quem recebe acima do piso. Os índices são bem menores do que a inflação do período. As manifestações devem continuar até finalizarem as negociações.
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