Lideranças querem reunião com Ministérios da Justiça e Saúde

Cerca de 60 indígenas da etnia terena ocupam, desde às 8 horas desta terça-feira (7), o prédio da da (Fundação Nacional do Índio), na Rua Maracaju, na região central de . O grupo critica a exoneração do ex-presidente do órgão, João Pedro Gonçalves, e promete seguir para Brasília com o objetivo de conversar com representantes dos Ministérios da Saúde e das Cidades.

Segundo Maurílio Pacheco, da aldeia Água Branca, localizada no distrito de Taunay, em Aquidauana, distante 143 quilômetros de Campo Grande, o grupo é contra a indicação do Pastor Everaldo, que pediu para ocupar o cargos depois da exoneração do ex-presidente do órgão na última sexta-feira (3). “Não queremos que ele nos represente. Não somos a favor desse pastor porque ele é anti-indígena”, justifica.

Uma das lideranças da aldeia Lagoinha, também localizada em  Taunay, Alcery Marques, acusa os deputados federais, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) Tereza Cristina (PSB-MS) de apresentarem falsos caciques.

“Repudiamos esses deputados porque estão levando falsos caciques para Brasília”, afirma. Uma equipe da TV Cultura,  que pertence ao governo do Estado, foi impedida de gravar na sede da Funai, onde ocorre a ocupação.

Membro do CNPI (Conselho Nacional de Política Indiginista), Célio Fialho, cacique da aldeia Bananal, também localizada em  Taunay, criticou a criação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Cimi (Conselho Indigenista Missionário).

“Os anti-indígena criaram a para criminalizar os indígenas. O grande objetivo deles é acabar com a Funai e não vamos aceitar porque é uma conquista nossa”, destaca.

Conforme as informações, lideranças de outras etnias devem se juntar ao grupo que segue nesta noite para Brasília. Militantes de causas sociais ocupam a sede do Iphan (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) também deve ir para a Funai em apoio à manifestação indígena.

Questionado a respeito da ocupação, o coordenador regional do órgão, Evair Borges, disse que não poderia falar sobre o fato e orientou à equipe de reportagem do Jornal Midiamax a falar com a assessoria de comunicação de Brasília, que até o momento, não se manifestou a respeito da ocupação.