Passagem passa a custar R$ 3,55

A partir desta quinta-feira (22), as passagens de ônibus municipais de passam a custar R$ 3,55, um aumento de 9,2% – superior à inflação acumulada no período, que é de 8,5%, e superior também ao reajuste do salário dos motoristas, que apenas seguiu a inflação, sem ganho real.

A nova tarifa é resultado de um imbróglio envolvendo a prefeitura de Campo Grande, o Consórcio Guaicurus e o TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado). No caso, o novo valor é superior aos R$ 3,53 que a Prefeitura inicialmente divulgou no Diário oficial no dia 5 deste mês e que foi suspenso pelo TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado). Entretanto, o órgão voltou atrás e estipulou, inclusive, um aumento de R$ 0,02, quase os R$ 3,56 solicitados pelo Consórcio Guaicurus.

Vale lembrar que, conforme o decreto publicado na manhã da última quarta-feira (21), datas especiais como o Dia do Trabalho (1º de Maio), Dia das Mães (2º domingo de Maio), Dia dos Pais (2º domingo de Agosto), Aniversário de Campo Grande (26 de Agosto), Finados (2 de Novembro) e Natal (25 de Dezembro) e Ano Novo (1º de Janeiro), o valor será de 40%  do valor da tarifa convencional, ou seja  R$ 1,42, porém, com pagamento exclusivo com o cartão eletrônico recarregável.

O decreto também determina que as linhas executivas (fresquinhos) custarão R$ 4,35. O troco máximo para todas as estações de pagamento (linhas circulares executivas, terminais de transbordo e estação PEG-FÁCIL) é de R$ 20.

Polêmicas de reajuste

O aumento da tarifa do trasporte coletivo havia sido publicado pela Prefeitura no dia 5 deste mês, junto com um ‘pacote de tarifaço' do prefeito Alcides Bernal, com o valor de R$ 3,53. Porém, o TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado) decidiu vetar o aumento até que a Prefeitura justificasse o índice usado na base de cálculo.

(Foto - Luiz Alberto/Midiamax)

 

Após análise dos documentos enviados pelo Município, justificando o aumento na tarifa do transporte público, o vice-presidente do TCE-MS, Ronaldo Chadid, revogou suspensão do decreto que oficializou o reajuste de R$ 3,25 para R$ 3,53. “O reajuste deflagrado pelo Decreto Municipal n. 13.012/2016 apresenta-se matematicamente compatível com os índices e as fórmulas estabelecidas no item 3.7 do Contrato de Concessão n. 330/2012”; fazendo, portanto, cessar os efeitos da medida cautelar aplicada”, diz o texto do TCE-MS

A tarifa do teve aumento de 30% nos últimos cinco anos, em Campo Grande. Entre 2010 e 2016, o valor passou de R$ 2,50 para R$ 3,25.  No mesmo período, a frota cresceu apenas 10%, passando de 537 para 593 veículos. O transporte público é alvo de reclamações por parte da população que se queixa de veículos velhos e insuficientes para a demanda.

O prefeito eleito, Maquinhos Trad, disse em diversas entrevistas que era contra o aumento. Que o valor só poderia ser reajustado com base na melhoria dos serviços oferecidos à população.