Pessoas relatam que estão no local desde a manhã de hoje
Pacientes que estão na tarde deste domingo (3) à espera de atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Universitário, na Avenida Guaicurus, reclamam da demora tanto na triagem como no atendimento médico. Pessoas relataram que aguardar serem chamadas para consulta desde as 8h30min da manhã. Conforme apurou o Jornal Midiamax, pelo menos cinco pessoas afirmaram ter chegado ao local antes do meio-dia. A maioria dos pacientes são adultos e apresentam sintomas de dengue.
É o caso de Carolina Cunha, de 18 anos, que afirma estar na unidade desde as 10h37min de hoje e apresenta febre, dor nas articulações, mal-estar e manchas vermelhas no corpo. Ela já foi atendida na triagem, que confirmou a suspeita de dengue, mas ainda aguarda o atendimento médico. “A demora está demais e a gente queria entender porque. Ficou mais de uma hora sem chamarem ninguém aqui”, afirmou.
Adriana Santos, 26 anos, disse estar aguardando desde as 9h30min. Com suspeita de Zika vírus, ela recebeu atendimento ontem, em uma unidade de saúde das Moreninhas, e está na UPA para mostrar os exames ao médico e também para receber medicação adequada. “Cheguei de manhã, fiz a triagem e só fui chamada para a consulta agora, por volta das 15h20. Mas, no corredor tem umas dez pessoas na minha frente”, disse. Ela também relatou que pela manhã compareceu à unidade com a filha de 9 anos, que também está com suspeita da doença. “Fomos atendidas depois de 1h30 de espera, depois meu irmão veio buscar minha filha e eu fiquei aqui”.
Aumento da demanda
Uma enfermeira da UPA, no entanto, apontou que cinco médicos atendiam no local pela manhã e que ao meio-dia mais um chegou à unidade. “Esse número de profissionais é o esperado dentro de um plantão, não é falta de médico. A demanda é que está muito grande”, afirmou.
Segundo ela, a demora de atendimento se intensificou já no fim de dezembro do ano passado. “Só durante a manhã de hoje foram atendidas 120 pessoas na triagem. Os pacientes ficha verde (que não apresentam riscos), aguardam mais tempo, mas, não estamos tendo nenhum problema com ficha amarela (pacientes que apresentam urgência)”, relatou, rebatendo os relatos de pacientes em espera. “O intervalo máximo é de quatro horas. Não tenho ficha de ninguém esperando mais que esse tempo aqui”, completou.
Odília Alves, 75, discorda. Ela, que foi considerada ‘ficha verde’, afirmou que está aguardando atendimento desde as 8h da manhã e apresenta dores nas costas e no ouvido. “E estou sem comer até agora, assim como as outras pessoas que chegaram antes do meio-dia”, disse. No posto, pessoas também procuraram a equipe para relatar que na região do bairro Universitário não está passando o fumacê.
A UPA Universitário contou com atendimento pediátrico na manhã deste domingo, mas está sem profissionais da especialidade à tarde, embora, segundo a enfermaria, não tenha havido procura. Já o Hospital de Campanha do Exército, que aplica a medicação e que fica ao lado da UPA, só atendia uma pessoa. Vale lembrar que atendimentos no local requerem passar pela triagem e atendimento médico.
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