Sindicato vai à Justiça pelo 13º dos servidores da Omep e Seleta

Ação envolve 4,3 mil empregados que foram demitidos

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Ação envolve 4,3 mil empregados que foram demitidos

Sindicato que representa os 4,3 mil trabalhadores da Omep e da Seleta, organizações não governamentais que prestam serviços para a prefeitura de Campo Grande, ingressou com ação judicial para garantir os salários de dezembro e o 13º das categorias. O valor da causa supera a casa dos R$ 10 milhões.

Por determinação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul a prefeitura não pode repassar dinheiro as duas entidades, que enfrentam processo judicial por supostas irregularidades nos contratos firmados com o município.

Há indícios, segundo o Ministério Público Estadual, que a Omep e a Seleta, que prestam serviços também ao governo estadual, servia para empregar funcionários fantasmas, a pedido de políticos.

Decisão judicial mandou a prefeitura a romper o contrato com as organizações e aconselhou os servidores delas a buscarem amparo na Justiça Trabalhista. Desde a sentença, oito dias atrás, que pôs na rua os trabalhadores, as duas categorias promovem atos contrários a decisão pelas ruas da cidade.

Numa segunda decisão, anunciado nesta semana, acerca do caso da Omep e Seleta, foi definido que os servidores das entidades que atuam em serviços sociais retomem às atividades.

Contudo, o efetivo maior, que trabalha nos Ceinfs (Centros de Educação Infantil) foi afastado do trabalho e ficou sem os salários de dezembro e o 13º.

Senalba, o sindicato desses servidores, ingressou com regime de urgência com a ação pedindo que a prefeitura, ao invés de depositar o dinheiro nas contas da Omep e da Seleta, que entregue o salário direto aos trabalhadores.

“O prefeito [Alcides Bernal (PP)] disse que o dinheiro capaz de quitar os salários dos trabalhadores da Omep e Seleta está em caixa, então a Justiça pode autorizar o pagamento”, disse Celso Pereira, advogado que conduz o recurso.

“A prefeitura sabe os valores que cada um dos trabalhadores tem para receber. Então, que no dinheiro seja depositado deles. Afinal, por regra, o princípio da dignidade do trabalhador deve ser resguardado”, afirmou o advogado.

Essa causa será definida por um magistrado de plantão que, até a manhã desta sexta-feira, não tinha recebido a petição.

 

Últimas Notícias

Conteúdos relacionados