Superintendente nacional do Incra está em

Sem-terra que integram cinco movimentos sociais ocuparam na manhã desta terça-feira (28), por volta das 7h30, parte do Shopping Marrakech, onde fica a sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Campo Grande. A ocupação ocorre em protesto à paralisação das negociações sobre a reforma agrária em Mato Grosso do Sul. Outros grupos bloquearam cinco pontos de diferentes rodovias federais no Estado.

Segundo Adones Marcos, membro da Liga Camponesa, trechos da BR-262 em Terenos; 163 em Rio Brilhante e Rio Verde; 141 em Ivinhema e um ponto não identificado na BR-267 foram interditados pelos manifestantes mno início desta manhã.

Conforme Adones, os manifestantes querem aproveitar a presença do superintendente nacional do Incra, Leonardo Góes, que chegou nesta manhã em Campo Grande, para apresentarem uma série de reivindicações.

Ele diz que os manifestantes querem andamento da reforma agrária; vistoria das áreas para reforma agrária; cadastramento de mais de cinco mil famílias, liberação de quatro mil cestas básicas, assentamento das famílias já acampadas, entre outras exigências.

“Queremos saber qual a meta de acampamento do governo Federal, precisamos da liberação das cestas básicas que há seis meses foram destinadas para os indígenas. De acordo com a legislação os servidores do Incra precisam apresentar três nomes, a lista foi entregue e até agora nada. Queremos alguém de carreira porque não confiamos no governo Temer porque é golpista”, afirma.

Servidores do órgão, que está sem expediente por conta da ocupação, também esperam apresentar ao superintendente nacional do órgão, problemas no Incra, que conforme as informações, está há mais de seis meses com contas de energia elétrica atrasadas. A expectativa é de que Góes participe de duas reuniões, uma com funcionários e outra com representantes dos sem-terra. 

Além da Liga Camponesa, participam da manifestação membros da Organização de Luta Pela Terra, Movimento Camponês de Luta Pela Reforma Agrária, e Movimento de Trabalhadores Rurais Sem-terra. Em cada um dos pontos de protesto, têm cerca de 80 manifestantes.

Dados registrados no Incra, em Mato Grosso do Sul existem 189 assentamentos e 47 acampamentos cadastrados. Ao todo, 25 mil famílias esperam para que sejam assentadas no Estado.