Prédio do Incra também está ocupado

A assessoria de comunicação da PRF (Polícia Rodoviária Federal) afirma que os sem-terra, que desde o início da manhã desta terça-feira (28), bloquearam rodovias federais em Mato Grosso do Sul, liberaram o trecho da BR-262, que liga Terenos a , além de  do km  (quilômetro) 320 na saída para Tês Lagoas e o km 136 da BR-267 em Bataguassu.

Segundo as informações, as pistas começaram a ser liberadas por volta das 10h10, no entanto, o km104 da BR 163;  permanece bloqueado. Além das interdições confirmadas pela PRF, os manifestantes afirmam ter interditado outros dois pontos da BR-163 em Rio Brilhante e Rio Verde de Mato Grosso. 

Uma viajante que passava por um dos trechos interditados criticou a manifestação.  “Não temos culpa disso tudo e não temos nada a ver com esse problema. Acho uma falta de respeito com quem está viajando. Além disso, queimam pneus. Isso é desrespeito pontua. 

Coordenadora dos acampados do assentamento Limeira, Lúcia Vieira diz que os bloqueios continuam até que o grupo consiga apresentar a pauta das reivindicações ao presidente nacional do Incra  (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Leonardo Góes, que está em Campo Grande e deve participar de duas reuniões, uma com servidores do órgão, ocupado nesta manhã, e outra com os manifestantes.

Segundo Adones Marcos, membro da Liga Camponesa, os sem-terra querem a nomeação de um superintendente regional de carreira, andamento da reforma agrária; vistoria das áreas para reforma agrária; cadastramento de mais de cinco mil famílias, liberação de quatro mil cestas básicas, assentamento das famílias já acampadas, entre outras exigências.

“Queremos saber qual a meta de acampamento do governo Federal, precisamos da liberação das cestas básicas que há seis meses foram destinadas para os indígenas. Também queremos a nomeação de um superintendente regional de carreira. De acordo com a legislação os servidores do Incra precisam apresentar três nomes, a lista foi entregue e até agora nada. Queremos alguém de carreira porque não confiamos no governo Temer porque é golpista”, afirma.

Participam da manifestação membros da Liga Camponesa, Organização de Luta Pela Terra, Movimento Camponês de Luta Pela Reforma Agrária, e Movimento de Trabalhadores Rurais Sem-terra. Em cada um dos pontos de protesto, têm cerca de 80 manifestantes.