Sem resposta da Prefeitura, mãe teme que filho com doença rara fique sem atendimento

Contrato com empresa que atende a criança está vencido

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Contrato com empresa que atende a criança está vencido

Mônica Bessa, de 28 anos, mãe do pequeno João Lucas Garcete Bervig, de apenas de dois anos, que sofre de miopatia metabólica, uma doença rara que atinge a estrutura muscular, espera resposta da Prefeitura a respeito do contrato com a empresa que oferece atendimento domiciliar à criança. O pacto está vencido e, segundo ela, não há nenhuma resposta do município sobre o caso.

A luta de João começou aos dois meses de vida, quando a doença apresentou os primeiros sinais. O menino, que faz acompanhamento periódico em um hospital em São Paulo, passou cinco meses internado no Hospital Regional do Mato Grosso do Sul – Rosa Pedrossian. 

Depois disso, as idas e vindas de casa à UTI (Unidade de Terapia Intensiva) foram incontáveis. O garoto que necessita de atendimento médico 24 horas, só foi liberado para ficar em casa, junto dos pais e do irmão, de seis anos, depois que conseguiu na Justiça o direito atendimento médico domiciliar, também chamado de home care. 

O tratamento é pago pelo município e custa, aos cofres públicos, em torno de R$ 26 mil por mês, porém o contrato venceu na última quinta-feira (14). De acordo com a mãe da criança, a gestão municipal ainda não se posicionou a respeito da renovação do contrato.

“A Prefeitura não renovou. Desde o fim da semana passada que a empresa está atendendo meu filho por simples boa vontade, mas a cada dia que passa minha preocupação aumenta porque eles não têm obrigação de manter o atendimento sem contrato e podem deixá-lo a qualquer momento”, relata.Sem resposta da Prefeitura, mãe teme que filho com doença rara fique sem atendimento

Mônica destaca que devido às complicações de saúde do filho, caso o atendimento domiciliar seja interrompido, o menino deve ser hospitalizado.

“A saúde dele é muito frágil. O João depende de atendimento médico 24 horas. Temos uma equipe que o acompanha e ele não pode ficar sem esse atendimento. Sem o home care, ele deve ir para o hospital e isso me preocupa porque quando estava internado pegou uma infecção muito forte e os médicos dizem que existe esse risco”, explica.

A mãe de João destaca outra preocupação a respeito da falta de atendimento domiciliar. “Os hospitais estão lotados e muita gente precisa de um leito. Se meu filho perder o atendimento em casa, além do risco de infecção, ele vai tirar a vaga de alguém que necessita. Porque ele tem uma doença, mas não está doente no momento, porém, sem o home care, vai precisar ficar na UTI novamente”, observa.

Na última sexta-feira (15), a equipe de reportagem do Jornal Midiamax falou sobre o caso com a assessoria de comunicação da Prefeitura. Na ocasião foi informada de que o problema seria solucionado nesta semana, mas não informou a data e nem detalhes sobre a situação do contrato.

A assessoria de comunicação da Prefeitura foi procurada pela equipe de reportagem do Jornal Midiamax na manhã desta quarta-feira (20), mas até o fechamento deste texto não respondeu os questionamentos a respeito do caso. 

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